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Conselho consultivo impulsiona ações em estação ecológica de Roraima

ICMBio - www.icmbio.gov.br
Autor: Carlos Oliveira
17 de Jul de 2009

De 30 junho ao dia 3 deste mês ocorreu a 5ª Assembleia Geral do Conselho Consultivo da Estação Ecológica (Esec) de Maracá, em Roraima. No evento foram escolhidos os membros para o próximo biênio e ministrado curso de capacitação para eles. A maior parte dos conselheiros que estiveram na primeira formação foi mantida, somando-se ao ingresso de um representante do Ibama. O colegiado é composto por instituições governamentais ligadas à UC e por pessoas de todas as comunidades vizinhas à unidade de conservação. São indígenas das etnias Macuxi, Wapixana, Sapará e Yanomami. Há ainda três grandes projetos de assentamentos do Incra e fazendeiros.

Os analistas ambientais da Esec Andrea Lamberts, Bruno Souza, Larissa Diehl e Benjamim Bordallo da Luz (chefe da unidade) enaltecem a existência do conselho. Segundo eles, desde quando se deram as primeiras iniciativas de criação é observada a constante melhoria da imagem da área conservada. Cada habitante do entorno passou a ser representado institucionalmente e, assim, é ampliada a concepção da importância da estação ecológica para a conservação da biodiversidade e para a promoção da sustentabilidade.

Antes, como relatam, havia muita resistência das comunidades indígenas em relação à Esec. "Hoje podemos dizer que são nossos maiores parceiros. A opinião do conselho, as demandas que surgem nas reuniões já orientaram algumas das atividades da UC, por exemplo, as de fiscalização, que surgem a partir de denúncias de membros do colegiado." Esse cenário agora é tido como grande conquista para essa área federal de natureza protegida em Roraima que existe desde 1981. Trata-se de uma das primeiras criadas no país.

Apesar dessa vitória inicial ainda há alguns objetivos por atingir no que diz respeito à receptividade do Conselho Consultivo da Esec. As comunidades indígenas demonstram reconhecimento maior em relação ao trabalho do órgão. "O que acontece de forma muito menos efetiva com os representantes dos fazendeiros do entorno, que não têm uma estrutura social que priorize a coletividade," ressaltam os analistas. Contudo, é clara a nova visão das pessoas sobre a missão da estação ecológica. "Percebe-se mudança na imagem pintada antes como órgão repressor e distante para mais esclarecedor e acessível."

Do ponto de vista dos responsáveis pela Esec, os conselheiros são considerados elo com as comunidades do entorno, para minimizar os impactos ambientais e promover a conservação da zona de amortecimento. E é para essa função que os membros do colegiado têm sido capacitados, ou seja, para interpretar, de fato, os anseios da comunidade que representam, na busca por soluções conjuntas dos problemas identificados.

Nesse universo de atuação, as perspectivas sobre o Conselho Consultivo são as de que atue como ferramenta de transformação das comunidades do entorno, para aumentar a proteção da unidade conservada. "Que sejam parceiros na identificação de demandas, na promoção de alternativas de produção sustentável e ajudem a aumentar a percepção das comunidades sobre a importância da Estação Ecológica de Maracá," concluem.

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