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Conselheiro kaingángue diz que etnia sofre como guaranis

Campo Grande News-Campo Grande-MS
12 de Mai de 2005

Os índios kaingángues, de Santa Catarina, enfrentam a falta de remédios, atendimento médico e a desnutrição. O conselheiro de saúde, Ary Paliano,
da etnia kaingángues, disse hoje durante o XXI (Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) e II Congresso Brasileiro de Saúde Cultura de Paz e não Violência,
em Cuiabá, que a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e a Funai (Fundação Nacional do Índio) não distribuem os recursos de forma justa e o resultado, segundo ele,
são os noticiados pela imprensa, segundo ele, a falta de recursos, verba mau administrada e problemas de saúde. "Muito se fala sobre a cultura como responsável da
situação do índio. Mas a cultura do guarani não é passar fome", dispara.
Ao contrário da situação das etnias de Mato Grosso do Sul que dependem da demarcação das áreas, Paliano conta que em Santa Catarina o problema
se resume na falta de investimentos após o retorno da terra aos índios. "Não temos apoio técnico e sequer linha de crédito. Precisamos recuperar a terra nua, destruída
ao longo dos anos. O governo deveria se lembrar que no Amazonas são os índios que preservam as áreas. No caso deles (xavantes da região do Amazonas), a pressão internacional
é que os protege".
Em Santa Catarina há hoje entre kaingángues, guaranis, chokleim e xeta, 35 mil índios, a terceira do país, antecedida pelo Amazonas e Mato Grosso
do Sul.

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