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Conheça Maial e Vanda, candidatas indígenas que colocaram a Amazônia e seus povos no centro da campanha em 2022

Um Só Planeta - umsoplaneta.globo.com
Autor: Martina Medina
26 de Out de 2022

Vanda Witoto e Maial Kaiapó saíram candidatas a deputada federal pela Rede Sustentabilidade no Amazonas e no Pará; apesar de não terem sido eleitas, ambas tiveram um número expressivo de votos e despertaram em seus povos o desejo de ocupar a política institucional

Por Martina Medina*, Para Um Só Planeta

26/10/2022 07h00 Atualizado há 9 meses

Esta história foi produzida com o apoio do Fundo para o Jornalismo Voltado a Florestas Tropicais, em parceria com o Pulitzer Center

Na linha de frente da defesa de seus povos e territórios, Vanda Witoto e Maial Kaiapó saíram candidatas a deputada federal pela Rede Sustentabilidade no Amazonas e no Pará em 2022 - ano em que os indígenas bateram um recorde histórico, com 164 candidaturas, 44,5% delas femininas. Apesar de não terem sido eleitas, ambas tiveram um número expressivo de votos e despertaram em seus povos o desejo de ocupar a política institucional.

A reportagem, que acompanhou as campanhas das duas em setembro, relata aqui suas histórias, dificuldades e potenciais, além do saldo político dessa jornada na visão de especialistas. Confira.

Vanda Witoto: ecoando vozes ancestrais

Estado mais indígena do país, o Amazonas não possui nenhum representante dos povos originários no Congresso. Vanda Witoto (Rede-AM) pretendia se tornar a primeira em 2022. "Nunca imaginei que levantaria uma bandeira com a minha cara, a cara de uma mulher indígena. É um momento histórico", disse a candidata a deputada federal, durante panfletagem na zona leste de Manaus. "Não aceitaremos mais fazer campanha para homem branco. Nenhum deles, em 522 anos, se levantou para defender nosso povo."

Apesar dos 25 mil votos que teve, superando a nota de corte no Estado, Vanda não foi eleita. A quantidade é cinco vezes maior do que a obtida pela bolsonarista Silvia Waiãpi (PL-AP), a única indígena a se eleger deputada federal pela Amazônia Legal neste ano. Foram homens brancos, estampados em grande parte das bandeiras ao redor de Vanda naquele 3 de setembro, que conquistaram as cadeiras amazonenses na Câmara federal.

No estado, o quociente eleitoral, ou seja, o mínimo necessário para um partido ou federação partidária eleger um deputado federal, foi de cerca de 200 mil votos, seis vezes mais do que o obtido pela federação Rede-PSOL, da qual Vanda faz parte. O Amazonas elegeu oito homens de partidos de direita e centro-direita para a Câmara: em primeiro está Amom Mandel (Cidadania), com mais de 288 mil votos; em oitavo, Fausto Santos Jr (União), com cerca de 87 mil.

Estreante na disputa eleitoral, Vanda começou a ganhar visibilidade quando se colocou na linha de frente contra a covid-19 em Manaus. Durante a crise do oxigênio na capital, em 2021, a enfermeira e pedagoga ajudou a construir uma unidade de atendimento no Parque das Tribos, que reúne 35 etnias indígenas na região periférica. Também foi a primeira amazonense vacinada no momento em que boatos antivacina se espalhavam pelo país.

Nesse período, Vanda estreitou o diálogo com a deputada federal Joênia Wapichana (Rede-RR), a primeira mulher indígena no Congresso, que a estimulou a sair candidata. Mesmo com mais de 11 mil votos, resultado um terço maior do que o obtido no pleito anterior, Joênia não conseguiu se reeleger em 2022 devido à federação Rede-PSOL não ter atingido o quociente eleitoral de 36 mil votos.

Vanda participou de formações políticas em organizações indígenas, mas garante que a principal foi vivenciar as dificuldades enfrentadas pelo seu povo. Não havia escola na Aldeia Colônia, no Alto Rio Solimões, em Amaturá, onde ela vivia, então Vanda deixou o território aos 10 anos de idade para estudar. Em Manaus, esteve em trabalhos análogos à escravidão por oito anos. Recebia R$ 100 por mês, casa, comida e estudo, enquanto trabalhava como doméstica.

Foi na universidade que tomou consciência da violência a que ela e seus parentes eram submetidos, vendo na política um meio de mudar isso. Sua candidatura defendeu políticas públicas de saúde e educação, além de se opor ao modelo de "desenvolvimento selvagem" que impera na região por meio do desmatamento e da mineração.

A campanha de Vanda em Manaus aconteceu sob um céu encoberto. Uma das causas foram as queimadas. Em apenas sete dias, o número de focos de incêndio no bioma amazônico superou a quantidade registrada em todo o mês de setembro de 2021, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O desmatamento na Amazônia é o maior responsável pelas emissões nacionais de CO2.

Cientistas alertam que, se as emissões não forem reduzidas significativamente, a floresta chegará ao ponto de não retorno, quando deixa de ter funções ecológicas essenciais para a vida do planeta, como a geração de umidade e o armazenamento de CO2. Vanda defende o diálogo entre poder público e comunidades tradicionais, as mais impactadas e detentoras do conhecimento necessário para deter esse desastre.

O conceito de bioeconomia não vem da academia, mas da floresta e dos povos que vivem aqui há milênios. É preciso reconhecer e valorizar isso.
- Vanda Witoto (Rede-AM)

"Nossa candidatura traz a expectativa de sermos a voz em defesa da Amazônia e das pessoas que vivem aqui", afirma Vanda. Buscando dar uma maior projeção a essa voz, ela conta ter se recusado a fazer parte de um partido que não priorizaria sua candidatura. "Não aceito ser colocada em um lugar inferior porque quem me trouxe aqui não é inferior", diz. Apesar de ter sido priorizada na Rede, a verba de aproximadamente R$ 1 milhão, segundo Vanda, possibilitou a realização de uma campanha reduzida, dando conta de visitar apenas 12 dos 164 territórios indígenas do Estado.

O medo, inexistente quando Vanda andava no mato com o pai à noite para caçar animais, passou a rondá-la durante a campanha, realizada em Manaus e outros nove municípios. Ela teve seu poder questionado por homens indígenas e não-indígenas, o carro fechado ao longo de 20 km em uma estrada por estar com roupas do Movimento Sem Terra (MST) e enfrentou diversas manifestações de ódio nas redes sociais.

Vanda sabe dos perigos de seus posicionamentos em um contexto de racismo, misoginia e pautas antiambientais. "Mas não quero que isso me paralise porque sou uma voz para muitos", diz ela, que foi acompanhada por um segurança particular durante a campanha. "Minha avó ficou 87 anos em silêncio para que eu estivesse viva até hoje. É ela que ilumina meus caminhos agora. Não me silenciarei mais", diz.

Após 122 de separação do território original de seu povo Witoto, localizado em La Chorrera, na Amazônia colombiana, Vanda visitou seus parentes durante a pandemia em busca de suas origens. A separação aconteceu após o quase extermínio dos Witoto, escravizados por uma companhia anglo-peruana de borracha. Vanda é fruto de sobreviventes que, na intenção de se refugiarem da violência, vieram parar no Brasil.

"Eles falaram que há muito tempo haviam sonhado com a minha chegada: 'Nós já te aguardávamos. Você é a ponta de lança', disseram." Vanda conta que foi colocada no mambeadeiro, um lugar sagrado, onde apenas homens que detêm a palavra do seu povo se sentavam até então. "É uma grande mudança. À medida que eu me sento ali, outras mulheres se aproximam", afirma. "Entendo a responsabilidade que está sob os meus pés, meu corpo e a minha voz como algo muito para além de mim. Sou instrumento da minha ancestralidade."

Vanda considera que uma das suas principais missões é fortalecer a identidade indígena no Amazonas, já que muitos deixaram de falar suas línguas, pintar seus corpos, tocar seus maracás e até mesmo se reconhecer como indígenas.

Independentemente do resultado das eleições, já valeu a pena esse movimento de fortalecer a identidade indígena contra o apagamento promovido pelo Estado.
- Vanda Witoto (Rede-AM)
Ela planeja concorrer às próximas eleições municipais, como vereadora de Manaus, e antecipar as visitas aos territórios, para seguir o processo de formação política dos indígenas no Estado. "Nós sempre estivemos fora desse processo eleitoral e éramos vistos apenas como votantes. A nossa caminhada foi muito importante para nos vermos como figuras políticas", diz. "Queremos que essa Amazônia tenha alguém daqui falando no Congresso e nós vamos lutar por isso", diz ela, que planeja criar a Frente Amazônica de Mulheres na Política como forma de realizar seu sonho.

Maial: silêncio como estratégia de resistência

O carro em que Maial Kaiapó estava quebrou na estrada de Cumaru do Norte, no sudeste do Pará, a quatro dias das eleições. Ao descobrir que estava de frente com uma candidata indígena em campanha eleitoral, o funcionário do guincho questionou sua posição sobre o garimpo. A Terra Indígena (TI) mais afetada por essa atividade ilegal é justamente a TI Kayapó, no Pará, com 11.542 hectares invadidos entre 2017 e 2022, segundo dados do Mapbiomas. O garimpo mais que dobrou nas TIs durante o último governo, defensor do garimpo e de projetos de lei que liberam a mineração em áreas indígenas.

Acompanhada de apenas um membro da sua equipe formada por duas pessoas, em uma região majoritariamente bolsonarista, Maial não se sentiu segura para responder que a sua campanha é antigarimpo e se concentra na defesa da floresta amazônica. "Aqui é pleno arco do desmatamento, área da galera do garimpo e do agro. Estamos lidando de frente com pessoas que ameaçam os nossos direitos", explica. A votação de Bolsonaro no primeiro turno das eleições de 2022 foi menor do que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Pará, mas aumentou 25% em relação a 2018. As regiões sudeste e sudoeste do Estado, entretanto, são verdadeiros redutos do bolsonarismo. Em Redenção, onde Maial vive, Bolsonaro teve 69,90% dos votos válidos.

A candidatura de Maial, assim como a de Vanda, teve prioridade dentro da Rede, mas os R$ 200 mil recebidos do partido foram insuficientes para garantir segurança. "Quando percebemos isso, optamos por fazer uma campanha sem enfrentamento", diz. Entre os cuidados estava não postar nas redes sociais fotos com lideranças indígenas ameaçadas pelo garimpo, evitando expô-las a um risco ainda maior. Outra preocupação foi não fazer lives nem postar as atividades de campanha no mesmo dia em que aconteciam.

Maial também deixou de espalhar seus adesivos pelo interior do Pará e percebeu que seus apoiadores também eram discretos na defesa da sua candidatura, temendo represálias. Segundo relatório do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), o Pará está entre os cinco primeiros Estados brasileiros com mais assassinatos de indígenas, junto de outros três representantes da Amazônia Legal: Amazonas, Roraima e Maranhão.

Estamos lidando com racismo todos os dias ao longo de muito tempo. Não é diferente no contexto político.
- Maial Kaiapó
O interior paraense, assim como outras parcelas rurais da região, foi ocupado, ao longo de décadas, por forasteiros que buscavam atuar na agropecuária e mineração. "Apesar de estarmos em locais majoritariamente indígenas, essas pessoas acabam nos oprimindo dentro do nosso próprio território."

A campanha de Maial começou tarde pela demora na definição de seu nome. A princípio, a candidata seria sua irmã, a cacica O-É Paiakan, que engravidou e preferiu se preservar. Quando teve início, em setembro, a campanha foi interrompida por uma semana para que Maial se recuperasse de malária. Apesar de todas as limitações, ela conseguiu 6.628 votos, quantidade semelhante à que Joênia obteve ao se eleger por Roraima em 2018. Mas a votação obtida pela Rede-PSOL no estado foi 100 mil votos menor do que o quociente eleitoral de 256 mil necessário para eleger um deputado federal no Pará.

Assim como Vanda, Maial começou a ter um envolvimento político mais intenso na universidade. Com o apoio do pai, Paulinho Paiakan, ela e suas três irmãs foram as primeiras de sua aldeia a se graduarem. Um dos principais articuladores pela inclusão dos direitos indígenas na Constituição Federal, Paulinho entendia que a educação seria importante na garantia futura dos direitos reconhecidos em 1988. "Meu pai observou que lá na frente precisaríamos da graduação para estar na luta da caneta."

O movimento de acesso à cidade e à educação, observa Maial, é muito intenso entre as mulheres indígenas. São elas as mais afetadas pelas mudanças climáticas e outras ameaças aos territórios, se colocando na linha de frente na luta pelo futuro de seus filhos e netos. São as mulheres também que passaram a assumir a responsabilidade pelo resgate de tradições ancestrais nas comunidades, fortalecendo a cultura frente às promessas de enriquecimento pelo garimpo que rondam os jovens indígenas.

Nos costumes Kayapó, a sucessão na liderança geralmente se dava entre homens, mas isso tem mudado. Em 2021, O-é Kaiapó foi escolhida para comandar o subgrupo Mebêngôkre, no sul do Pará. No ano passado, o povo Xikrin também elegeu uma mulher como cacique pela primeira vez. "Existe uma luta potente de mulheres de base mostrando que podemos ser o que quisermos: de cacicas a deputadas federais", diz Maial.

Ela é sobrinha de Raoni Metuktire, liderança indígena reconhecida em todo o mundo, e de Tuíre, símbolo da resistência das mulheres Kayapó contra a hidrelétrica Belo Monte. Ter uma linhagem política na família é considerado um propulsor de votos e é incomum entre as candidatas indígenas, já que sua entrada na política institucional é recente. Apesar de não ter resultado em sua eleição, essa herança a ajudou a ser bem recebida nos territórios, garante Maial, o que aconteceu especialmente entre as mulheres, as primeiras a se prontificarem a lutar pelo seu nome nas aldeias.

"Não tive tempo para uma formação política propriamente. O que eu dei conta de fazer foi a minha experiência administrativa em órgãos públicos", conta. Sua formação em Direito a levou a trabalhar na Fundação Nacional do Índio (Funai) em 2016 e na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), entre 2017 e 2019. Em seguida, Maial se tornou assessora de Joênia Wapichana, que também abriu as portas para a sua entrada na política.

Durante a campanha, Maial buscou escutar mais do que falar. Seu principal objetivo ao visitar os territórios indígenas paraenses era entender as demandas das comunidades para atendê-las em um eventual mandato. Essa escuta era feita em rodas de conversa, formato comumente usado pelos povos indígenas para a tomada de decisões. Em uma dessas rodas, na aldeia do povo Gavião Parkatêjê, no dia 22 de setembro, crianças, jovens, adultos e mais velhos se reuniram com Maial, sob a sombra de uma samaúma, para discutir a importância da representatividade indígena no Congresso.

Focar a campanha, já curta, nos territórios pode ter sido limitador para a conquista de votos. São mais de 60 mil indígenas no Pará, metade do que seria necessário para elegê-la, sendo que o Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) contabiliza como eleitorado indígena no Estado apenas 10 mil pessoas. Na maioria das aldeias, não há urnas eletrônicas e a viagem para ter acesso geralmente é longa e custosa. Esse fator, inclusive, abre brechas para que alguns candidatos ofereçam combustível em troca de votos.

"Muitos parentes nem sabiam que isso é crime. Foi algo que pontuamos durante a campanha", explica Maial. Para Vanda, este também é o principal entrave para a eleição de mulheres indígenas na região. Além disso, muitos indígenas não têm documentos, como título de eleitor regularizados, para participar do pleito. Ambas defendem a formação política nas aldeias e a sua inclusão no processo eleitoral, com a regularização dos documentos e a instalação de urnas nos territórios pelas autoridades competentes, além da investigação e punição dos políticos que compram votos na região.

Apesar de não ter se revertido em votos suficientes para a sua eleição, Maial destaca a importância de circular nos territórios para conhecer suas realidades e orientar os indígenas sobre o processo eleitoral. Outro ponto positivo, segundo ela, foi desconstruir o discurso espalhado pelo governo de que os indígenas deveriam trabalhar no garimpo, explicando os riscos da atividade para sua cultura e modo de vida.

Maial afirma que ver a política de dentro lhe trouxe muitas lições, como a importância dos acordos políticos para fortalecer seu nome em pleitos futuros. Além disso, a sua presença nos territórios despertou o interesse de mulheres e jovens de se lançarem candidatos à Câmara Municipal, consultando Maial sobre essa jornada.

A campanha acendeu uma luz, despertando a vontade entre indígenas de participar do processo político. Essa iniciativa é uma semente muito importante.
- Maial Kaiapó
"Agora que começamos, não vamos parar, ainda mais com candidatas eleitas no Congresso para nos representar", disse, em referência a Sônia Guajajara (PSOL-SP) e Célia Xakriabá (PSOL-MG), lideranças indígenas que conseguiram se eleger para a Câmara este ano.

Saldo político é positivo
Nenhuma mulher reconhecida pelo movimento indígena foi eleita nos Estados da Amazônia Legal. Mesmo assim, o saldo das eleições é "excelente", segundo a coordenadora da área de Justiça Racial e de Gênero da Oxfam Brasil, Tauá Pires. Para ela, a visibilidade que as candidatas tiveram durante a campanha tende a ampliar o alcance de pautas indígenas, além de melhorar o trânsito das candidaturas originárias femininas dentro dos partidos.

"Uma candidatura não se faz em uma única campanha. A carreira política é algo que precisa ser construído, passando por mais de uma eleição", diz. Segundo a especialista, Vanda, Maial e outras candidatas indígenas que não conseguiram uma vaga no Congresso este ano podem seguir acumulando capital político assumindo outros cargos públicos. "Elas saem fortalecidas do processo, com mais reconhecimento e mais chances de ganhar em eleições futuras", pontua.

Para reduzir as desigualdades sofridas pelas candidaturas indígenas na Amazônia nos partidos, Tauá aponta a necessidade de as indígenas comporem as mesas diretoras das siglas, onde as decisões, como a divisão de recursos, são tomadas. Dos 32 partidos políticos brasileiros, apenas seis são presididos por mulheres e nenhuma delas é indígena.

A cientista política Débora Thomé, uma das pesquisadoras do estudo "+Representatividade", do Instituto Update, aponta que Sônia Guajajara e Célia Xakriabá terão um papel fundamental no fortalecimento das candidatas amazônicas nas próximas disputas. "Eram mulheres que estavam fora do jogo da política institucional. Esta é a maior mudança em termos de visibilidade", diz ela, acrescentando que pessoas eleitas têm mais chances de se reeleger e abrir portas para aliadas. "Aparecer na foto, dizendo: 'esta é minha candidata, vote nela' é uma das coisas que mais identificamos que as pessoas levam em consideração na hora do voto."

Outra missão de Célia e de Sônia no Legislativo será propor uma votação proporcional nos Estados onde povos originários são parcela significativa da população para garantir mais vagas a eles, defende o coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Kleber Karipuna.

Coordenação: Gabriela Portilho e Martina Medina
Jornalismo de dados: Cecília do Lago e Martina Medina
Consultoria indígena: Olinda Muniz
Fotografia: Gabriela Portilho
Texto: Martina Medina

https://umsoplaneta.globo.com/sociedade/noticia/2022/10/26/conheca-maia…

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