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Comunidades indígenas cada vez mais infectadas pela Aids

Diário do Grande ABC
29 de Nov de 2007

A organização 'Survival International' advertiu nesta quinta-feira, em um documento intitulado "O progresso pode matar", que as comunidades indígenas do mundo, sejam na Amazônia, em Botswana ou Indonésia, sofrem cada vez mais com a Aids devido ao contato com estrangeiros.

A organização, com sede em Londres (Inglaterra), aponta como responsáveis "o aumento do contato com pessoas de fora das aldeias e uma mudança social considerável" e assinala que estas comunidades indígenas estão cada vez mais expostas ao risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids.

Os índios yanomamis, na Amazônia, por exemplo, afirmam que "soldados trouxeram a gonorréia e a sífilis para suas terras", afirma a Survival. "Tememos que, caso esses soldados continuem a manter relações sexuais com as mulheres yanomamis, ocorra o contágio da Aids", afirma, no documento, Davi Kopenawa, um yanomami que vive na Amazônia brasileira.

A Survival comprova que com a chegada do chamado "progresso" nestas comunidades, 20% dos seus membros estão sofrendo com doenças introduzidas por mineiros, madeireiros ou exploradores agrícolas.

"Os índios morrem porque seu território é invadido e ocupado, e porque são vítimas de doenças estrangeiras" afirma o diretor da organização, Stephen Corry. A solução apresentada pelo diretor é "a proteção adequada dos territórios indígenas garantida pelos governos".

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