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Comissão visita acampamento indígena em Mato Grosso do Sul

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20 de Jan de 2007

Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informa que uma comissão de representantes de
movimentos sociais e sindicatos visita hoje (20) o acampamento dos Guarani Kaiowá na beira
da rodovia MS-289, em Mato Grosso do Sul.

Eles foram retirados da terra tradicional Kurus Ambá, na região de Amambaí e Coronel
Sapucaia, que haviam retomado em operação que resultou na morte de uma indígena de 70
anos, no dia 9.

Além de representantes da vice-presidência do Cimi, a comissão tem ainda integrantes da
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e da Federação dos Professores do Estado, entre
outras entidades. O objetivo é "avaliar com os indígenas quais as melhores formas de
transformar a solidariedade em ações concretas".

O grupo de índios tem cerca de 36 famílias acampadas e, segundo o Cimi, três dos líderes
participaram de reuniões no dia 18 em Campo Grande, onde um deles, Ortiz Lopes, informou
que a prisão "da maior liderança da retomada", Francisco Fernandes, e de mais quatro homens
foi uma "armação".

Os quatro indígenas foram presos sob a acusação de terem roubado um trator. Ortiz Lopes
narrou o episódio: "O fazendeiro da fazenda Madama chegou lá, conversou com as lideranças,
cedeu o trator e disse que a gente podia usar. O líder da retomada estava indo de trator
buscar comida para a comunidade, e aí a polícia apareceu. Foi uma armadilha".

Ele acrescentou que em nenhum momento foi ouvida a versão dos Guarani. E informou que
desde a retirada dos índios por um grupo armado e encapuzado, que chegou ao local em 12
caminhonetes e com um ônibus, está desaparecido um jovem de 14 anos

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