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Começa especialização em saúde indígena

Badauê Online - www.badaueonline.com.br
09 de Out de 2008

Médicos, enfermeiros e dentistas de seis municípios do Amazonas, Mato Grosso e Tocantins iniciam na próxima segunda-feira, 13, um curso a distância de especialização em saúde indígena, o primeiro nesta modalidade aberto no país. A especialização vai atender 240 profissionais que já trabalham com saúde indígena nessas localidades, selecionados entre 900 inscritos.

Ministrado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB) e com os municípios de Manacapuru, Maués e Lábrea (AM), São Félix do Araguaia e Juara (MT), e Palmas (TO), o curso vai qualificar profissionais da saúde que prestam serviço a cerca de 50 povos que vivem nos seis municípios e no entorno. Para o médico Douglas Rodrigues, coordenador do curso, é importante que os profissionais que trabalham na área compreendam que estão lidando com outras culturas, outras visões de mundo e com concepções diferentes das nossas sobre o processo saúde-doença.

A antropologia, que não está presente na graduação dos profissionais de saúde brasileiros, será um dos cinco capítulos do curso. Essa disciplina, explica Douglas Rodrigues, ajudará os profissionais a entender a visão indígena do processo saúde-doença e a estabelecer um diálogo intercultural e uma troca de conhecimentos e procedimentos.

O projeto pedagógico compreende cinco disciplinas, desenvolvidas em módulos, que somam 420 horas de estudo. O curso será na plataforma Moodle, com apoio de tutores, de materiais de estudo virtuais e impressos, e de seis pólos vinculados à Universidade Aberta do Brasil, equipados com laboratórios de informática, computadores, internet e biblioteca. O curso vai de 13 de outubro deste ano a 13 de novembro de 2009.

Em 13 meses, os participantes da especialização vão estudar as políticas e a organização dos serviços de saúde indígena; antropologia e saúde; intervenções clínicas - principais doenças que acometem a população indígena, programas de saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, e a saúde da boca; epidemiologia aplicada; processos educativos em saúde indígena. A última etapa do curso será uma monografia. Para obter o certificado de especialização em saúde indígena, o aluno precisa alcançar, no mínimo, 70 pontos em todas as disciplinas, entregar o trabalho de conclusão do curso e participar da avaliação presencial.

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