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Começa em Belém exportação de mogno apreendido, com renda para comunidades

Viaecológica-Brasília-DF
Autor: Waldemar Gonçalves Jr.
22 de Ago de 2003

Começou a ser embarcado hoje (22) em Belém (PA) o primeiro lote de mogno apreendido pelo Ibama e doado pelo governo a entidades e movimentos sociais da região amazônica. O mogno será exportado, no domingo, para os Estados Unidos. Trata-se da primeira parte do mogno apreendido pelo Ibama no Pará, entre 2001 e 2002, e doado pelo Ministério do Meio Ambiente a movimentos sociais da região afetada pela exploração ilegal, através da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase). A Cikel Brasil Verde S.A, empresa certificada com selo verde, iniciou o embarque de 584 metros cúbicos de madeira beneficiada. A partir de agora, a cada 15 dias deverá ser embarcado o restante do lote de, aproximadamente, 2.500 metros cúbicos já negociados. Estas doações fazem parte da nova política de proteção ao mogno ameaçado de extinção, cuja comercialização está proibida. antes permitia-se que os madeirieiros arrematassem o mogno em leilões, o que legalizava a madeira irregularmente cortada. Agora, em vez de leilões o Ibama está promovendo a doação a ongs e movimentos, por instrução do Ministério do Meio Ambiente. No Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), o presidente Lula e a ministra Marina Silva anunciaram que 14 mil metros cúbicos do mogno apreendido pelo Ibama, que se encontravam no município de Altamira, no Pará, seriam destinados a movimentos sociais da região. A verba obtida será aplicada em um fundo privado, administrado pela Fase, que com o acompanhamento do Ministério Público, irá apoiar projetos de desenvolvimento sustentável local, não voltados ao desmatamento. A Fase associou-se à Fundação Viver Produzir e Preservar, que congrega mais de 100 organizações sociais, igrejas, sindicatos e povos indígenas na região da Transamazônica e do Xingu. (Veja www.fase.org.br, www.mma.gov.br, www.ibama.gov.br e www.cikel.com.br).

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