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Com novo leilão de energia, setor de biomassa vê possibilidade de retomada

FSP, Mercado Aberto, p. B2
Autor: FRIAS, Maria Cristina
12 de Ago de 2013

Com novo leilão de energia, setor de biomassa vê possibilidade de retomada

O leilão para compra de energia marcado para o próximo dia 29 de agosto deixou o segmento de geração de eletricidade por bagaço de cana na expectativa pela retomada de investimentos.
A disputa vai contratar energia de novas termoelétricas aptas a produzirem a partir de janeiro de 2018.
Sem competitividade para a biomassa nos últimos leilões, o setor perdeu espaço para outras matrizes.
Com isso, as usinas de açúcar e álcool reduziram aportes. "Os projetos [de termoelétricas movidas a bagaço] que estão saindo agora ainda são frutos de decisões tomadas até 2008", diz Zilmar José de Souza, da Unica.
O teto do pagamento para o leilão, fixado em R$ 140 por megawatt-hora (MWh), poderá estimular o surgimento de novos empreendimentos.
"Se durante a disputa não baixar muito esse valor, há grandes chances de investimentos", avalia Leonardo Calabró, vice-presidente-executivo da Cogen (associação das indústrias do setor).
Além das próprias usinas, outro segmento que aguarda a retomada é o de empresas que fabricam equipamentos para a cogeração, como turbinas e caldeiras.
"Se o leilão tiver preço atrativo, por volta dos R$ 130 [por MWh], a gente crê na volta de pedidos", afirma Alexandre Roberto Martinelli, da Caldema, de Sertãozinho (SP).
Neste ano, a indústria fechou um único contrato para fabricação de caldeira de cogeração, ante cinco negócios ao longo de 2012.
Para Souza, da Unica, o leilão deveria ter valor ainda acima dos R$ 140, além de diferenciar as fontes.
"Do ponto de vista ambiental, não tem como a biomassa ter no leilão o mesmo preço do carvão", afirma.

FSP, 12/08/2013, Mercado Aberto, p. B2

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/123600-mercado-aberto.shtml

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