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Com Forte Esquema De Segurança, Índios Acusados De Três Homicídios Depõem Em Humaitá

Jornal de Humaitá - http://www.jornaldehumaita.com.br
04 de Mar de 2015

Humaitá-AM. Nesta terça-feira (03), começou a audiência de instrução do processo em que seis índios da etnia tenharim são acusados de assassinar brutalmente três homens não indígenas, na reserva indígena tenharim-Marmelo, no sul do Estado do Amazonas. O crime, aconteceu em 16 de dezembro de 2013, que desencadeou uma onda de revolta contra a população indígena na região. Instalações, veículos e barcos da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram queimados no município de Humaitá, além de uma posto irregular de pedágio indígena na BR-230 (Transamazônica), sentido Humaitá-Apuí.

Um forte esquema de segurança foi montado pelo Exército, Policia Federal, Policia Rodoviária Federal e Policia Militar. A audiência está sendo realizada na base do 54o BIS (Batalhão de Infantaria de Selva), do Exército brasileiro, a cerca de 8 km da cidade. A imprensa ficou do lado de fora.

Os cinco acusados, Simeão Tenharim, de 27 anos, Gilson Tenharim, 25, Gilvan Tenharim, 20, Valdinar Tenharim, 30, e o cacique Domiceno Tenharim, 34. Chegaram no quartel de madrugada escoltados pela Polícia Militar, eles permanecerão detidos em um alojamento até o final da audiência, que só deve acabar perto da 20 horas da noite de hoje, quarta-feira (4).

De acordo com uma fonte, na audiência de ontem, os acusados estavam com 5 advogados de defesa, sendo que dois eram procuradores federais enviados pela Funai (Fundação Nacional do Índio). também apareceram seis testemunhas de acusação, entre eles 3 policiais Militares de Humaitá que estavam indo a serviço para o Distrito de Santo Antônio do Matupi (KM 180), Município de Manicoré-AM, quando presenciaram fatos considerados chaves no processo, além de seis testemunhas de defesa.

Os réus serão ouvidos hoje pelo juiz Reyson de Souza e Silva, da 2ª Vara Cível, que assumiu o processo iniciado pela Justiça Federal. Ao final, após as alegações de acusação e defesa, o juiz decide se manda os réus a julgamento pelo tribunal do júri. Caso aconteça, o júri será em Manaus, em razão da repercussão do caso.

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