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Com deságio de 21,6%, consórcio da Suez vence leilão de Jirau

G1
Autor: Eduardo Bresciane
19 de Mai de 2008

Hidrelétrica do Rio Madeira foi leiloada na tarde desta segunda-feira (19).
Preço é mais baixo que o da usina de Santo Antônio, também no Rio Madeira.

O consórcio Energia Sustentável do Brasil, comandado pela multinacional franco-belga Suez, venceu o leilão desta segunda-feira (19)da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira, em Rondônia. O lance oferecido pelo consórcio foi de R$ 71,40, o megawatt-hora (MWh), o que representa um deságio de 21,6% em relação ao teto, que era de R$ 91. O preço final foi fixado em R$ 71,37 para as distribuidoras de energia, para quem o consórcio destinará 70% da produção de Jirau.

O preço é menor do que o da usina hidrelétrica de Santo Antônio, do mesmo complexo, que foi leiloada em dezembro a R$ 78,87. O consórcio vencedor é formado por Suez (50,1%), além de Camargo Corrêa Investimentos em Infra-Estrutura (9,9%), Eletrosul Centrais Elétricas (20%) e Companhia Hidro Elétrica do São Francisco - Chesf (20%).

O consórcio liderado pela Suez derrotou o favorito Jirau Energia, comandado por Furnas e Odebrecht, autores do estudo de viabilidade da obra. O leilão durou sete minutos porque na primeira rodada o consórcio Energia Sustentável do Brasil apresentou uma oferta 5% abaixo da concorrente.

Em nota distribuída à imprensa assim que foi divulgado o resultado, o presidente do consórcio vencedor, Victor-Frank Paranhos, afirmou que estudos técnicos permitiram reduzir em R$ 1 bilhão o custo da obra, previsto incialmente para R$ 8,7 bilhões. Outro ponto destacado na nota do consórcio vitorioso é a possibilidade de antecipar o início das operações da usina de janeiro de 2013 para março de 2012.

Preço baixo

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que esperava um preço menor de tarifa de energia no leilão da usina hidrelétrica de Jirau do que o registrado no leilão de dezembro da usina de Santo Antônio, também no Rio Madeira.

A usina de Santo Antonio foi levada em dezembro pelo consórcio Madeira Energia, liderado por Furnas e Odebrecht, com o lance de R$ 78,87 o megawatt-hora (MWh). O lance teve um deságio de 35% e foi considerado surpreendente pelo mercado. O teto para a usina de Jirau é de R$ 91, valor que já é considerado baixo.

Tranquilidade

A tranqüilidade marcou o início do leilão na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) da hidrelétrica de Jirau, segunda do cmplexo do Rio Madeira. Diferente do leilão da usina de Santo Antônio, realizado em dezembro, não há registro de manifestações em frente à sede da agência, que teve a segurança reforçada.

A usina hidrelétrica de Jirau tem como preço máximo R$ 91 por megawatt-hora (MWh). O preço é considerado baixo pelo mercado, apesar de o consórcio Madeira Energia, liderado por Furnas e Odebrecht, ter vencido a disputa pela usina de Santo Antônio com lance de R$ 78,97 por MWh, um deságio de 35% em relação ao teto.

A usina de Jirau tem orçamento definido em R$ 8,7 bilhões e deve entrar em funcionamento em 2013. A capacidade da hidrelétrica em 2016, data de sua conclusão, é de 3,3 megawatts, o que seria suficiente para abastecer 9,8 milhões de casas.

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