OESP, Metrópole, p. C8
21 de Mar de 2008
Cobrança de taxa ambiental começa em Ilhabela sem grandes reclamações
Simone Menocchi, ILHABELA
Foi tranqüilo o primeiro dia de cobrança da Taxa de Preservação Ambiental e da restrição de veículos em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. As duas novas leis que prevêem cobrança de R$ 2 para cada carro ou moto e limite de entrada de 10 mil veículos na ilha passaram a valer nesta semana, mas não provocaram nenhum impasse por enquanto.
Por volta do meio-dia de ontem, o tempo de espera na fila da balsa era de 45 minutos. No fim do dia, segundo a Dersa, a fila chegava a 500 metros, mas não houve nenhuma restrição, já que haviam atravessado o canal de São Sebastião 1.600 carros. "Foi tudo tranqüilo, não tivemos problema nenhum", disse Ricardo Fazini, secretário municipal de Turismo. O maior movimento, porém, é esperado para hoje e amanhã.
Segundo previsão da Secretaria Municipal de Turismo, ao menos 60 mil turistas são esperados em Ilhabela no feriado prolongado de Páscoa. A Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), responsável pela travessia entre São Sebastião e Ilhabela, prevê circulação de 22.500 veículos nos dois sentidos. Cinco balsas farão a travessia, segundo a empresa.
De acordo com a Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela, cerca de 80% dos hotéis estão lotados. Pela lei que restringe os veículos, as pessoas que comprovarem ter reserva na rede hoteleira terão entrada liberada.
Com 85% de mata atlântica preservada, o turista que chegar a Ilhabela de carro terá de desembolsar R$ 2. Vans pagam R$ 100 e ônibus, R$ 300. A prefeitura promete usar o dinheiro da Taxa de Preservação Ambiental em projetos de educação ambiental, além de limpeza e conservação de áreas protegidas.
PROTEÇÃO
Ilhabela tem uma malha viária restrita e frota de 5 mil carros. Uma única avenida liga os pontos turísticos e os extremos da cidade. Mas, em feriados prolongados, a cidade chega a receber 30 mil veículos. A cobrança de taxa foi inspirada em medidas semelhantes às adotadas nas Ilhas do Mel (PR) e de Paquetá (RJ).
OESP, 21/03/2008, Metrópole, p. C8
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.