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Coalizão brasileira pede a Biden apoio a fundo de US$ 9 bi para bancar conservação de florestas

Valor Econômico - https://valor.globo.com/agronegocios/noticia
10 de Mai de 2022

Coalizão brasileira pede a Biden apoio a fundo de US$ 9 bi para bancar conservação de florestas
Organizações do agronegócio, bancos e entidades da sociedade civil fazem parte do grupo

Por Camila Souza Ramos, Valor - São Paulo 10/05/2022

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, formada por organizações do agronegócio, bancos, e entidades da sociedade civil, e outras 22 organizações sociais e empresas brasileiras enviaram uma carta ao presidente americano Joe Biden pedindo apoio ao projeto de criação de um fundo de US$ 9 bilhões para bancar a conservação de florestas em países em desenvolvimento, o Amazon Act. O documento também foi enviado a outras autoridades americanas, como a presidente do Congresso americano, Nancy Pelosi.
O projeto foi proposto em março do ano passado pelo congressista democrata Steny H. Hoyer e tramita no comitê de relações exteriores. O Amazon Act propõe um sistema de pagamento por serviços ambientais com o objetivo de reduzir emissões de gases de efeito estufa e aumentar o sequestro de carbono com a preservação de vegetações nativas.
A proposta prevê que os projetos elegíveis só poderão receber recursos se o país em que ele estiver garantir o respeito a regras de governança e à lei. O país também precisa garantir transparência do uso dos recursos recebidos, garantir a verificação dos resultados, divulgar detalhes de emissões evitadas com os projetos financiados, e ainda assegurar que comunidades indígenas e mulheres participem do processo.
Na carta enviada a Biden, as entidades sociais e privadas propuseram alguns princípios para nortear a operação do fundo, como um sistema de financiamento "simples e transparente, com governança ampla e participação da sociedade civil" e "regras claras e receptivas". Também propõem que os recursos sejam destinados "com base em resultados, em especial a manutenção da floresta em pé". E ainda defendem que o povos da floresta sejam priorizados na destinação dos recursos.
Uma das signatárias da carta, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é integrada por organizações da sociedade civil, além de organizações e multinacionais do agronegócio, como Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), ADM do Brasil, Cargill, Amaggi, JBS, BRF, Marfrig, Nestlé, Danone, Suzano, Yara Brasil, entre outros.
Também assinaram a carta a Joe Biden as seguintes organizações e empresas: Agropalma, Amata, Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, BVRio, CBKK S/A, Climate Policy Initiative (CPI), Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Fama Investimentos, Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Fundação Solidaridad Brasil, Instituto Arapyaú, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Clima e Sociedade (iCS), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Talanoa, Observatório do Clima, Observatório do Código Florestal e Rede Mulher Florestal.

https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2022/05/10/coalizao-brasil…

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