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Clima esquenta e índios fazem servidores reféns

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Márcia Oliveira
04 de Set de 2003

Os índios parecis fizeram cinco funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai), escritório de Tangará da Serra, de reféns anteontem à noite, depois de fecharem a MT 235, que liga Tangará da Serra a Sapezal. A intenção é forçar a Funai a viabilizar, com urgência, condições para que consigam estruturar suas lavouras.

Segundo os produtores rurais e o administrador substituto da Funai local, Martins Toledo de Melo, o clima na região está tenso e tende a agravar-se. Os índios dizem que só liberam os reféns e a MT depois que conseguirem uma solução de Brasília. Enquanto isso, a mobilização que conta com a participação de outras três etnias já provoca um congestionamento de 10 quilômetros de caminhões com carregamento de adubo e calcário na rodovia.

Uma reunião para tratar do assunto está marcada para sexta-feira (5) entre membros da Funai Brasília, governo do Estado e Ministério Público Federal. "Não queríamos ficar aqui por tanto tempo, mas precisamos de uma proposta que venha a nos ajudar a sair do estado de mendicância. Não conseguimos plantar sozinhos e precisamos encontrar uma forma de nos auto-sustentar", disse a pareci Mirian Kazaizokairo, 48 anos.

Com o trancamento da MT 235, conhecida também como Nova Fronteira, os caminhoneiros são obrigados a transitar por dois desvios que passam por dentro da reserva indígena. Nesses pontos, eles têm que pagar pedágio e ampliam de 170 a 270 quilômetros o trajeto para chegar à capital, ou de Sapezal a Tangará.

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