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Cinta-Larga exigem presença do presidente da Funai

Diário da Amazônia - Porto Velho - RO
13 de Fev de 2001

Os caciques Cinta-Larga, em nova reunião ontem com o superintendente da Polícia Federal em Rondônia, exigiram a presença do presidente da Funai, Glênio Alves, para colaborar com a retirada dos cerca de 2 mil garimpeiros de diamantes que invadiram a área indígena Roosevelt, a 95 quilômetros de Espigão do Oeste.

Os índios querem que Alves garanta apoio para a viabilização de cinco projetos ligados à agricultura e pecuária que, segundo o delegado da Federal, Severino Moreira, existem há 14 anos e nunca foram implantados. São projetos que irão melhorar as condições de vida dos Cinta-Larga que vivem em Cacoal e Espigão do Oeste.

Cerca de 50 homens, das polícias Civil, Militar e Federal estão em barreiras montadas na região para impedir a entrada de novos garimpeiros. Ontem foram apreendidos maquinários e duas pessoas foram presas, mas logo liberadas.

O delegado Severino Moreira é responsável pela abertura de inquéritos, com auxílio de um escrivão e dois policiais da Civil. Segundo ele, hoje está prevista sua entrada até a aldeia dentro da reserva, autorizada na reunião de ontem pelos índios. A aldeia fica a cerca de 40 quilômetros de onde estão retirando o diamante, com acesso bastante difícil - uma dia e meio de trator traçado.

O delegado da Polícia Federal confirma que está prevista a chegada de helicópteros e reforço policial de outros Estados, mas disse que ainda pode não ser esta semana. "Tudo depende das negociações com os índios", diz Moreira, informando que o trabalho nas barreiras está ocorrendo sem conflito algum. Desde ontem está também proibida a entrada de mantimentos para os garimpeiros, entrando assim em atividade a fase de cortar tudo que os invasores precisam para continuar trabalhando.

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