Folha de São Paulo (São Paulo-SP)
16 de Mar de 1982
Mariano Marcos Terena, presidente da União das Nações Indígenas (UNI), declarou que o Conselho Indigenista Missionário se nega a repassar a quantia de Cr$ 2 milhões enviada pela organização alemã Misereor à UNI, o que tornou pública a divergência entre os missionários e o presidente. Tal conflito tem sua origem quando 60 líderes indígenas elegeram Marcos Terena como presidente da UNI, contrariando a vontade do Cimi, que apoiava outro candidato, Domingos Veríssimo Terena, que convocou nova reunião, uma semana após a eleição, onde compareceram 15 lideranças e ele acabou sendo eleito como presidente.
Visto isso, integrantes da UNI desejam reunir-se novamente a fim de modificar seus estatutos para colocar um fim nas divergências. Para isso, eles pretendem eliminar a figura do presidente e criar um colegiado de caciques.
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