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Cidades que não destroem a floresta

Greenpeace - www.greenpeace.org
13 de Abr de 2010

O governo de São Paulo fechou as portas do Estado para madeira ilegal. A cidade de Americana, no interior paulista, há três anos incluiu como critério de compra nas licitações municipais a madeira de origem legal. São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, construiu a primeira obra pública realizada totalmente com madeira certificada pelo FSC, que segue parâmetros sociais e ambientais.

Esses são alguns exemplos de sucesso do programa "Cidade Amiga da Amazônia", que cresceu tanto a ponto de englobar também Estados. São também amostras de que é possível construir parcerias positivas para coibir a exploração injustificada da Amazônia.

Durante cinco anos, prefeituras e governos trabalharam com o Greenpeace para criar uma legislação municipal e eliminar a madeira de origem ilegal e de desmatamentos criminosos de todas as compras municipais. Governos estaduais e municipais têm uma grande responsabilidade em provocar uma mudança no consumo de madeira pela administração pública, pois respondem por um terço desse mercado no Brasil.

A floresta amazônica vira diversos tipos de produtos como móveis, forros, pisos, esquadrias e casas pré-fabricadas. O setor de construção civil também usa muita madeira na fundação e estruturação das obras, para marcar e nivelar o terreno, nas formas de concreto e também em acabamentos como portas e janelas.

Antes de o Greenpeace chamar a atenção para o problema, muita madeira amazônica era retirada de forma ilegal e predatória, pois é mais barato assim. Afinal, quem não segue a lei não paga impostos, remunera mal os empregados e comumente invade áreas públicas ou protegidas, ação promovida por grileiros e madeireiros mal-intencionados para conseguir matéria-prima. Essa madeira extraída de forma irregular é muito menos custosa do que a produzida em planos de manejo sustentável, que demandam conhecimento técnico, documentação regular e responsabilidade social.

Assim, a madeira de origem ilegal domina o mercado por conta da abundância e do preço baixo, e quem compra esse produto é conivente com a ilegalidade. Ao participar de um projeto que visa a limpar a cadeira de produção, prefeituras e governos estaduais contribuem de forma concreta para mudar esse quadro. É o mercado consumidor fazendo a sua parte para garantir um futuro para a maior floresta tropical do planeta e condições decentes de sobrevivência aos seus 20 milhões de habitantes.

Os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Acre já aderiram, além de 32 cidades incluindo as capitais Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Hoje, o programa Cidade Amiga Amazônia está sob a guarda da Fundação Getúlio Vargas, que ampliou sua atuação e abrangência. No site da Rede Amigos da Amazônia (www.raa.org.br), é possível conferir se sua cidade aparece na lista de lugares que protegem a floresta. Se ela não está lá, leve a questão para a prefeitura e exija respostas concretas.

http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Cidades-que-nao-destroem-a…

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