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Chuva apaga incêndio na Serra dos Órgãos

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/
Autor: Gustavo Frasão
20 de Out de 2014

A chuva chuva que cai desde domingo (19) na região serrana do Rio de Janeiro apagou o incêndio que atingia o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ) desde o último dia 07. Na manhã desta segunda-feira (20), um helicóptero do Ibama sobrevoou toda a região para avaliar a situação da Unidade de Conservação (UC).

"A chuva começou ontem à noite e durou o dia inteiro. Ela nos ajudou a extinguir o incêndio em todo o Parque Nacional. Neste momento, nossas equipes estão se mobilizando para deixar a região após um trabalho de 13 dias", comemorou o coordenador de Emergências Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Coem/ICMBio), Christian Berlinck.

Ao todo, 129 pessoas, entre equipes de apoio operacional, combatentes e brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Prevfogo/RJ do Ibama trabalharam para conter os focos de incêndio em diversas regiões do Parque Nacional. Cerca de 1.550 hectares de área com vegetação nativa de Mata Atlântica, principal bioma da UC, foram destruídos pelas chamas.

Antes da chuva, na noite deste domingo (19), a situação tinha se agravado devido ao clima seco, quente e com ventos que provocaram o avanço das chamas pelos campos de altitude, atingindo a Travessia Petrópolis-Teresópolis, um dos principais cartões postais do Parque.

Na ocasião, as brigadas federais na região do Portal de Hércules, a 2.100 metros de altitude, conseguiram conter o fogo. Se ele se alastrasse um pouco mais, chegaria ao Vale da Morte, onde há um remanescente de mata que abriga um dos últimos grupos de muriquins - gênero de primatas - da região serrana, além de outras espécies ameaçadas de extinção.

Apesar de o fogo ter sido totalmente extinto, ainda não foi possível fazer um levantamento com os danos causados à biodiversidade da Unidade, que abriga um ecossistema rico em endemismo, ou seja, diversas espécies da fauna e da flora que só existem no local.

"Estamos nos articulando com vários centros de pesquisa para começar a estudar, o mais rápido possível, o impacto sofrido pelo meio ambiente, principalmente na Travessia Petrópolis-Teresópolis, para avaliar a necessidade ou não de se fechar provisoriamente o acesso e permitir uma melhor regeneração da vegetação", finalizou o chefe do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Leandro Goulart.

http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/5056-c…

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