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Autor: Maíra Heinen
28 de Fev de 2018
A cheia do Rio Formoso, no Tocantins, isolou cerca de 40 indígenas Krahô e a aldeia, próxima ao município de Lagoa da Confusão, está em situação de calamidade pública.
A informação foi repassada pela Defensoria Pública do estado, que realizou atendimento coletivo na comunidade no último fim de semana.
Com a enchente, indígenas da comunidade não conseguem deixar o local, pois não possuem nem motor de popa, nem combustível para trafegar pelo rio.
Os moradores estão utilizando da mesma água para fazer as necessidades fisiológicas, lavar os utensílios, e para o consumo, como explica a coordenadora do Conselho Indigenista Missionário no estado, Eliane Franco.
Sonora: Precisa urgente da assistência dos órgãos ambientais, da Funai e dos órgãos ambientais do Tocantins atuarem nesse caso, porque a comunidade tá sofrendo e também pode ter problemas gravíssimos de saúde pelo consumo da água direto do rio. Eles não estão com água potável.
Ainda segundo a missionária, o dono de uma fazenda próxima à área piorou a situação ao fazer uma vala para escoar a água acumulada na propriedade. Os indígenas vivem num assentamento do Incra, enquanto aguardam, há anos, a conclusão do processo de demarcação da Funai.
O defensor público Leandro Gundim, que acompanha a situação, informa que já oficiou alguns órgãos para tomarem providências.
Sonora: A defensoria pública do estado do tocantins já está oficiando os órgãos que são responsáveis por essa comunidade pra tá dando algum suporte pra eles, pra ver o que a gente pode fazer com relação ao assentamento desse índios em um local mais seco, pra que eles possam ter ali o mínimo de dignidade humana de sobrevivência.
Até o fechamento dessa reportagem, a Funai não atendeu os pedidos de informação sobre o caso.
Nessa terça-feira (27), o estado do Tocantins decretou situação de emergência na região do Rio Formoso devido às chuvas e aos alagamentos em vários municípios.
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