Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Thaís Brianezi
13 de Mai de 2005
Amanhã (14) cerca de 270 famílias de 10 comunidades em Barcelos, na região do médio rio Negro, no Amazonas, participam de uma consulta pública na qual decidirão sobre a criação da reserva extrativista do rio Unini.
A Associação dos Moradores do Rio Unini (Amoru) formalizou o pedido de criação da reserva extrativista no Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentável das Populações Tradicionais (CNPT) do Ibama em 2002. A área pretendida tem 800 mil hectares e fica ao sul do Parque Nacional do Jaú, à margem esquerda do limítrofe rio Unini.
No ano passado, uma equipe multidisciplinar da Fundação Vitória Amazônica (FVA) e do CNPT produziu um diagnóstico preliminar da região, como etapa fundamental ao processo de criação da reserva. O levantamento confirmou que as principais atividades econômicas desenvolvidas na região são produção de farinha de mandioca e coleta de cipó. Há também plantações de banana, coleta de castanha do Pará e aruma (fibra vegetal utilizada para artesanato).
"Se a reserva for criada, precisará de um Plano de Manejo. Aí pode-se melhorar a qualidade e a quantidade da produção atual, para então inserir novas atividades. O essencial, também, é criar uma cadeia produtiva que garanta a comercialização. Hoje os produtores do Unini são reféns do atravessador", declarou Delmo Vilela, coordenador do Programa de Alternativas Econômicas da FVA. A FVA é uma organização não-governamental criada em 1990, com sede em Manaus, que se destacou por coordenar a elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional do Jaú.
(Thaís Brianezi-Radiobrás-Brasília-DF-13/05/05)
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