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Ceará sai na frente e põe R$ 2 bi em 14 parques

OESP, Economia, p. B6
15 de Jul de 2007

Ceará sai na frente e põe R$ 2 bi em 14 parques
Em 2009, 20% da energia consumida virá do vento

Carmen Pompeu

O Cearáé o Estado que mais vem atraindo investimentos em energia éolica. O mais recente é o projeto da Siif Énergies do Brasil - sociedade que reúne o grupo português HLC, com sede em Lisboa, Citigroup, Liberty Mutual e Black River. O grupo anunciou no mês passado investimento de R$ 1,4 bilhão em um megaprojeto para a instalação de sete usinas eólicas no Brasil - seis no Ceará e uma em Cabo Frio (RJ).

Somente para o Ceará, os recursos chegam a R$ 1 bilhão, 20% dos quais serão financiados pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB), 60% pela Agência do Desenvolvimento do Nordeste (Adene, ex-Sudene) e o restante em recursos próprios dos sócios.

Os seis parques terão condições de gerar 220,73 megawatts (MW), representando 44% do previsto no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para o Estado. A implantação de parques eólicos no Ceará começou a ser pensada ainda no início dos anos 1990, com a montagem de algumas centrais experimentais.

A carteira total de investimentos previstos para o setor eólico no Estado, segundo a Secretaria de Infra-Estrutura do Ceará (Seinfra), é de R$ 2 bilhões. A partir de 2009, 20% da energia consumida pelos cearenses deverá ser gerada a partir dos ventos. Até lá, deverão estar em funcionamento 14 parques eólicos, gerando 500 MW.

O Ceará dispõe atualmente de três parques eólicos instalados: Taíba, com 5 MW de potência; Mucuripe ( 2,4 MW) e Prainha (10 MW), totalizando 17,4 MW de potência. Juntos, os três parques produzem energia elétrica para abastecer 50 mil residências.

Além da Siif Énergies - , o governo cearense conta com outros parceiros, como a Eco Energy Beberibe. A empresa, de capital americano, começou a construir 32 torres no município de Beberibe, que devem gerar 25,6 MW. Somente nessa unidade serão aplicados R$ 130 milhões, dos quais 60% serão cobertos com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Até agosto, devem chegar a Fortaleza oito embarcações trazendo a carga da Siif. No total, a empresa precisará de 107 turbinas, cada uma com potência nominal de 2,5 MW.

Pelo cronograma, três parques eólicos cearenses devem ser concluídos até dezembro: Paracuru, com capacidade de gerar 23,4 MW; Canoa Quebrada (10,5 MW) e Lagoa do Mato (3,23 MW), já com obras em andamento. Para 2008, serão instaladas outras três usinas: Foz do Choro (25,2 MW), Icaraizinho (54 MW) e Praia Formosa (104,4 MW).

OESP, 15/07/2007, Economia, p. B6

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