Cimi
29 de Mai de 2008
Na manhã do dia 23 de maio, dois homens encapuzados atiraram em um casal do povo Guajajara que caminhava na estrada MA-006, próximo da aldeia Bacurizinho, município de Grajaú, no Maranhão. É o segundo ataque em duas semanas no estado, o que fez crescer muito a tensão na região, deixando o povo acuado em suas aldeias.
Os homens que atiraram contra Itamar Carlos Guajajara, de 35 anos, e Deolice Rodrigues Guajajara, de 30 anos, aparentemente não tinham motivos para o ataque. O casal andava pela estrada, quando os atiradores ordenaram que os indígenas parassem, do contrário seriam mortos. O casal parou, mas, mesmo assim, os homens dispararam, atingindo Itamar com uma bala que perfurou seu pulmão. Deolice também foi alvejada por traz, na coxa direita. O casal foi hospitalizado, mas já recebeu alta e voltou para aldeia. A Polícia Federal já foi à região apurar o caso, mas até o momento nenhum dos atiradores foi identificado.
Assassinato
Este caso se assemelha ao da menina Guajajara, de seis anos de idade, assassinada no dia 5 de maio. Ela recebeu um tiro na cabeça enquanto assistia televisão numa casa às margens da mesma rodovia MA-006, próximo do município de Arame. Segundo os missionários do Cimi que atuam no Maranhão, existe a suspeita de que um grupo de extermínio esteja agindo contra os indígenas.
Um dos suspeitos de matar a menina Guajajara foi preso. Isso está causando uma reação da população de Arame contra os indígenas. "As ameaças cresceram. Os indígenas estão acuados em sua própria terra. Não podem ir à escola na cidade e parte da assistência à saúde foi suspensa.", explica Rosemeire Diniz, coordenadora do Cimi-Maranhão.
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