VOLTAR

Capacitação para conservação de Albatrozes e Petréis

ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/
08 de Jun de 2015

Principal objetivo é qualificar a implementação de ações do PAN

Um curso de capacitação para otimizar a obtenção de informações e a coleta de amostras de albatrozes e petréis mortos pela captura incidental na costa brasileira foi realizado no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio), em Florianópolis (SC), no período de 24 a 27 de maio. A atividade faz parte do projeto "Criação de capacidade na América do Sul para obter informações sobre a saúde albatrozes e petréis e prevenir a introdução de doenças", e do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP).

A capacitação foi ministrada pela médica veterinária Marcela Uhart (Faculdade de Ciências Veterinárias da Universidade da California - UCDavis) e pelo pesquisador Flavio Quintana (Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina.

Segundo a analista ambiental do Cemave, Patrícia Serafini, a capacitação propôs o treinamento de profissionais habilitados, que ficam a bordo de embarcações pesqueiras para a coleta de amostras, e a padronização de procedimentos para esta coleta de dados a respeito das aves capturadas, incidentalmente, pela pesca industrial. Ainda de cordo com Patrícia, a captura incidental é a maior ameaça para albatrozes e petréis no mundo todo e estima-se que milhares de aves morram afogadas, anualmente, pela pesca industrial.

"O curso trouxe aos participantes a possibilidade de aproveitar informações e amostras importantes para obtenção de dados sobre a incidência de agentes que podem causar doenças, assim como de poluentes e de marcadores moleculares dos quais as aves tenham se alimentado no passado (isótopos estáveis), e seus impactos; e também para análise genética, entre outros. Estas informações subsidiarão decisões sobre a soltura de animais reabilitados, por exemplo, e ações de conservação para as espécies em questão", descreveu.

O curso teve como principal objetivo qualificar a implementação de ações do Plano de Ação Nacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis - PLANACAP, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

"O Plano de Ação atua como ferramenta de implementação do Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis no país, e atende, portanto, às demandas internas e externas para a conservação dessas aves extremamente ameaçadas", afirmou Serafini que também coordena o Planacap no Brasil.

O curso contou com a participação de quinze profissionais, entre eles, Observadores Científicos de Bordo e outros membros do Projeto Albatroz, representantes da Universidade Federal do Rio Grande (FURG e CRAM/FURG), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), analistas ambientais do Cemave/ICMBio, médicos veterinários e outros profissionais diretamente envolvidos no monitoramento de praias, com experiência em reabilitação de albatrozes.

Acordo Internacional

O Acordo Internacional para a Conservação de Albatrozes e Petréis (ACAP), iniciativa vinculada à Convenção sobre Espécies Migratórias de Animais Selvagens (CMS), da Organização das Nações Unidas, foi promulgado no Brasil apenas em 28 de janeiro de 2009, por meio do Decreto no. 6.753, com o objetivo de atingir e manter um estado favorável para a conservação de albatrozes e petréis.

Os países que ratificam o ACAP - entre eles, além do Brasil, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Inglaterra, Peru, Chile, Equador, Argentina, Uruguai, Noruega, Espanha e França - se obrigam legalmente a adotar ações para garantir a conservação, em longo prazo, de diversas espécies de albatrozes e petréis, incluindo medidas mitigadoras para reduzir a mortalidade das aves na pesca industrial, principal ameaça ao grupo.

http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-destaques/6848-c…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.