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Capacidade da hidrelétrica de Tucuruí será duplicada

Radiobrás-Brasília-DF
Autor: Alana Gandra
15 de Dez de 2003

A capacidade da Usina Hidrelétrica de Tucuruí, localizada no Rio Tocantins, no Pará, será duplicada, passando dos atuais 4.245 MW para 8.730 MW. Para isso, a Eletronorte, subsidiária da Eletrobrás, vai receber R$ 931 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e social (BNDES).

O anúncio foi feito hoje pelo banco, que noticiou também mais duas liberações de recursos, no valor global de R$ 520,8 milhões para os projetos de implantação e aproveitamento hidrelétrico do Complexo Energético Rio das Antas, da Companhia Energética de Rio das Antas (Ceran), no Rio Grande do Sul (R$ 435,8 milhões), e para a construção de uma usina hidrelétrica no município de Itiquira, em Mato Grosso (R$ 85 milhões), da empresa Itiquira Energética S/A.

Os três financiamentos totalizam R$ 1,4 bilhão e vão alavancar investimentos da ordem de R$ 4,8 bilhões, contribuindo para a geração de 4.640 MW de energia elétrica. O financiamento a ser concedido para a duplicação Tucuruí corresponde a 24% do investimento estimado pela estatal, de R$ 3,8 bilhões. A obra beneficiará o mercado de energia da Amazônia Legal, que responde por 58% do território nacional.

As obras de expansão da Usina de Tucuruí tiveram início em julho de 1998. A primeira geradora adicional entrou em operação em março de 2003 e a segunda, em maio. A direção da Eletronorte estima que ainda este ano entrará em funcionamento a terceira unidade adicional. Para 2004 e 2005, os planos da empresa prevêem a entrada em operação de seis unidades, três por ano. As duas últimas turbinas devem começar a gerar e comercializar energia em março e julho de 2006.

Os recursos do BNDES vão permitir à Companhia Energética de Rio das Antas, cujo investimento total é de R$ 657,8 milhões, a geração de 360 MW de potência no Complexo Energético formado pelas usinas de Montes Claros, Castro Alves e 14 de Julho, instaladas no Rio Grande do Sul. As obras começaram com a construção da Usina Montes Claros, em abril de 2002. A construção das outras duas usinas tem previsão de início para ainda este mês (Castro Alves) e março de 2004 (14 de Julho).

Os recursos desembolsados pelo banco para a Itiquira Energética serão usados na construção de uma usina hidrelétrica no município de Itiquira, em Mato Grosso, com capacidade de geração de 156 MW. O projeto prevê o aproveitamento hidrelétrico do Rio Itiquira, construção de uma subestação elevadora e instalação de uma linha de transmissão com cerca de 100 quilômetros, com ligação à estação de Rondonópolis. O investimento total da empresa é de R$ 362,6 milhões. A Usina de Itiquira será integrada ao Sistema Interligado Nacional, possibilitando, segundo o BNDES, aumento na oferta de energia para as regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Considerado prioritário pelo governo federal, o setor energético recebeu R$ 4,39 bilhões, de janeiro a novembro, 43% a menos do que os R$ 6 bilhões de recursos do Tesouro Nacional repassados pelo BNDES no ano passado, do Programa Emergencial de Energia, para ressarcir as empresas dos prejuízos provocados pela crise de racionamento de energia. Há expectativa de que novos financiamentos sejam concedidos ainda neste exercício pelo Banco porque mais três reuniões de diretoria, incluindo a de hoje, serão realizadas até o final do mês.

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