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Caingangues protestam na SEC

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
26 de Nov de 2003

Índios só saíram da rampa após audiência e apresentação das reivindicações

Pinturas, cantos, lanças e faixas foram usados no ato

Cerca de 50 índios de tribos caingangues dos municípios de Iraí e Vicente Dutra protestaram em frente à Secretaria de Educação do Estado (SEC) na manhã de ontem. Eles exigiam audiência com o secretário José Fortunati, pois querem mais investimentos em Educação. 'Não vamos sair daqui até sermos atendidos', afirmou o cacique Waldemar Vicente, da comunidade indígena de Iraí. No final da manhã, uma comissão de caingangues foi recebida pelo chefe de gabinete da SEC, Ricardo Gothe, que garantiu o encaminhamento das solicitações. À tarde, uma comitiva caingangue foi recebida pelo governador Germano Rigotto e por Fortunati, que se comprometeram a analisar as reivindicações levadas.

Os índios protestaram utilizando faixas, pinturas no corpo, lanças de madeira e entoando cantos típicos. Eles exigiram a construção de três salas de aula na Escola Estadual de Ensino Fundamental Nãn Ga, em Iraí, e a contratação de merendeira caingangue para atender aos alunos, seguindo os costumes das tribos. Conforme o cacique Vicente, falta espaço na escola para as 183 crianças e 25 jovens. 'Tivemos que abrigar os alunos em um pavilhão construído para a feira de artesanato. Só que o galpão é aberto e quando chove eles se molham', disse.

O cacique cobrou o compromisso assumido pelo Estado com as comunidades indígenas. E o governador autorizou início imediato das obras para construir escola que atenderá 180 crianças. O custo supera R$ 101 mil. Uma cópia do documento foi entregue ao líder por Rigotto. A admissão da merendeira depende de projeto de lei para contratação emergencial, que deve ser votado no fim do ano.

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