OESP, Nacional, p.A9
28 de Jan de 2004
Cadastro pode reduzir conflitos na zona rural
ROLDÃO ARRUDA
Os conflitos na zona rural do País podem diminuir com o recadastramento nacional de terras que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) começará a executar em março. Essa é a opinião do presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Antonio Ernesto De Salvo, que se reuniu ontem com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, para ouvir uma detalhada exposição sobre o novo cadastro.
"O Brasil tem uma história fundiária confusa", disse De Salvo. "Nas fronteiras agrícolas mais novas, que correspondem a quase metade do Brasil, ainda são freqüentes as dúvidas quanto a limites de propriedades e não são raros os casos de áreas com mais de um título de propriedade."
A CNA vai pedir às federações estaduais que facilitem o trabalho do Incra e estimule os fazendeiros a colaborar. "Ter informações confiáveis sobre a estrutura fundiária é de nosso total interesse", explicou. Numa referência à possibilidade de o principal alvo do governo ser localizar terras para a reforma agrária, o líder ruralista disse: "Podemos divergir quanto ao uso que o Incra fará dos dados. Mas não da proposta de levantá-los."
A execução do Cadastro Nacional de Terras, que foi projetado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, terá recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e vai contar um sistema de identificação por satélite. Segundo informações do Incra, dos 850 milhões de hectares do território nacional, o Sistema Nacional de Cadastro dos Imóveis Rurais não tem informações sobre 200 milhões.
OESP, 28/01/2004, p. A9
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