VOLTAR

Cacique Raoni reaparece aos 70 anos e prega fim da violência

Estado de S. Paulo-São Paulo-SP
20 de Abr de 2005

O cacique Raoni, de 70 anos, voltou à cena política, com o velho botoque de madeira e cocar amarelo. Famoso por percorrer o mundo ao lado do roqueiro Sting nos anos 80 e 90, o líder caiapó da tribo txucarramãe pediu ontem ao presidente Lula e ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o fim da violência contra os povos indígenas, a saída dos médicos e enfermeiros da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) das reservas e a volta da Fundação Nacional do Índio (Funai) para cuidar da educação e saúde nas aldeias, como era até 1995. Ele ficou bravo quando a sirene na Câmara indicou que o tempo de cinco minutos de discurso tinha acabado. "Eu não sei por que branco está apitando", reclamou. O discurso foi feito em caiapó. Deputados explicaram que outros índios precisavam discursar e ele, Raoni, tinha encontro com Lula. Havia tempo que um cacique não usava a tribuna da Câmara. Foi ali que o deputado Mário Juruna, eleito em 1982, cobrava promessas com gravações de autoridades.

Em momento de emoção, Raoni disse que sairia do isolamento no Pará. "Vou começar de novo a lutar por direito de índio."

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.