VOLTAR

Cacique Guajajara é encontrado baleado e morto em terra indígena no Maranhão

Agência Brasil
Autor: Marco Antônio Soalheiro
30 de Nov de 2007

O cacique Joaquim Guajajara, da aldeia Nova Providência, foi encontrado morto e com marcas de tiros nesta sexta-feira na Terra Indígena Araribóia, área de 413 mil hectares no oeste do Maranhão. No local, vivem cerca de 8 mil índios da etnia Guajajara e 50 índios isolados da etnia Guajá.

O corpo do índio de 65 anos estava às margens da rodovia estadual MA-006, que corta a área indígena, a 50 quilômetros de Arame (MA). A morte foi confirmada pelo gerente regional da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Imperatriz (MA), José Piancó.

A Polícia Federal já começou a trabalhar para identificar as circunstâncias em que o crime ocorreu. A Funai suspeita que a morte esteja ligada à disputa com homens brancos por terras e recursos naturais na região.

Desde o início do mês, uma força-tarefa com mais de 200 agentes de fiscalização e policiamento combate a extração ilegal de madeira, incêndios criminosos e plantações de maconha dentro da Terra Indígena Araribóia. Segundo a Funai, 64 índios Guajajara morreram nos últimos 16 anos em confrontos com madeireiros ou acidentes de trabalho em atividades de desmate.

Piancó informou que a Operação Araribóia já resultou, até agora, na apreensão e queima de aproximadamente 10 mil pés de maconha, no fechamento de 12 serrarias, no recolhimento de caminhões com toras e de milhares de estacas de madeira, cujo montante exato ainda está sendo apurado pelos técnicos do Ibama.

"A situação já é difícil e deve ficar ainda mais tensa após essa morte. A região precisa da definição de uma política de fiscalização permanente", disse o administrador. A Operação Araribóia segue ainda sem data para terminar.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.