Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
29 de Nov de 2002
Sobre a tentativa organizações de defesa da causa indígena pretenderem a solução rápida para evacuação de reservas indígenas, Wilson Précoma declarou que os brasileiros querem a solução pacífica. Para ele, a atitude de algumas ONGs está vinculada a questão ideológica, como estratégia de luta para influenciar a sociedade nacional e internacional, ensejando o conflito de fato.
"Se alguém aceitar a postura de desocupação da área sem respeitar os direitos de ambas as partes, está apostando no caos. Essa é a prática de algumas ONGs. O conflito cria tensão internacional. O que nos brasileiros queremos é que não haja conflito, mas, uma resolução pacífica, ordeira, olhada caso por caso, sem passionalidade, respeitando os direitos à maneira de se fazer justiça. Justiça se faz com ponderação, dentro do princípio da razoabilidade. Jamais o uso da força vai predominar sobre o direito ou sobre a justiça".
ECONOMIA - Na avaliação do procurador, o que não pode perdurar no Estado de Roraima é a indefinição, tornando o quadro mais difícil. Para ele, é preciso resolver todas as questões concernentes às terras, sejam de índios ou de não índios.
"Depois que tivermos um mapa para se estabelecer onde podem ser os pólos produtivos, tudo ficará mais fácil. O que não se pode fazer é definir pólos produtivos em áreas onde não se tem domínio. A questão econômica do Estado não pode ser vista a curto prazo e isso, obrigatoriamente tem que passar pela titularização das terras", comentou Précoma.
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