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Brasil venderá créditos de carbono em 2005

OESP, Vida, p. A12
07 de Dez de 2004

Brasil venderá créditos de carbono em 2005

Jander Ramon

O Brasil deverá iniciar a comercialização de contratos de créditos de carbono no segundo semestre de 2005, rendendo ao País recursos financeiros por conta da aplicação do Protocolo de Kyoto. Os países desenvolvidos signatários do documento terão de reduzir, a partir de 2008, suas emissões de gases do efeito estufa e, como forma de contrabalançar essas reduções, poderão adquirir créditos de carbono de países em desenvolvimento, caso do Brasil.
A previsão do início de negociação dos contratos foi feita ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e pelo presidente da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), Manoel Felix Cintra Neto, durante assinatura de um convênio entre ambos para estabelecer a formação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) na BM&F.
O novo mercado terá operações concentradas na Bolsa de Valores do Rio, subsidiária da BM&F, e serão lançados simultaneamente os mercados primário, de negociações bilaterais, e secundário, de contratos futuros.
Para Furlan, o Brasil tem potencial para ser líder mundial desse mercado. "O produto pressupõe concorrência e temos condições de concorrer com qualquer outro mercado", completou Cintra Neto.
Avaliações indicam que a venda de créditos de carbono movimentará cerca de US$ 13 bilhões por ano, a partir de 2007. Estimativas indicam que o mercado brasileiro poderá movimentar de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões.
O convênio firmado ontem tem duração de seis meses e possibilitará a formatação desse mercado no Brasil. A opção, segundo os técnicos que participam do projeto, com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi por desenvolver um modelo pioneiro. "Seremos os primeiros a oferecer contratos padronizados, trazendo transparência e segurança a esse mercado", afirmou Cintra Neto.

OESP, 07/12/2004, Vida, p. A12

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