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Brasil quer monetizar ativos florestais na conferência do clima

Valor Econômico, Especial, p. A22
05 de Dez de 2019

Brasil quer monetizar ativos florestais na conferência do clima
Trata-se de reabrir uma discussão antiga e das mais controversas nas negociações internacionais - trazer recursos para preservação e projetos na Amazônia atrelados a mecanismos de mercado

Por Daniela Chiaretti - De Madri
05/12/2019 05h01 Atualizado há 10 horas

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, quer monetizar os ativos florestais brasileiros na conferência climática da ONU em Madri, a CoP 25. Trata-se de reabrir uma discussão antiga e das mais controversas nas negociações internacionais - trazer recursos para preservação e projetos na Amazônia atrelados a mecanismos de mercado.

"Já tomamos uma decisão no Brasil, que é pró-negócio, de monetizar o ativo ambiental brasileiro", disse Salles ao Valor. "Isso significa sair da política que fizemos até hoje, de fazer gestos, e entrar para a política de resultados."

Colocar as florestas na mesa de negociação é um tema sensível. Divide países em fronts distintos: os que querem negociar tudo com mecanismos de compensação de redução de emissões, conhecidos por "offset" (como defendia no passado um grupo liderado por Papua Nova Guiné) e os que têm horror à ideia de mercantilizar a floresta (como a Bolívia).

No Brasil nunca houve consenso. Governadores da Amazônia costumam ver a ideia com bons olhos, imaginando obter receitas. O Ministério das Relações Exteriores tem posição contrária histórica.

Valor Econômico, 05/12/2019, Especial, p. A22

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2019/12/05/brasil-quer-monetizar-…

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