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Brasil pode desistir de recursos internacionais para florestas

O Globo, blogverde
09 de Jun de 2011

Brasil pode desistir de recursos internacionais para florestas

Apesar de ter sido eleito um dos países-pilotos do Programa de Investimento Florestal (FIP, sigla em inglês), o Brasil pode acabar desistindo de receber recursos internacionais para proteger as florestas e recuperar áreas degradadas. É que o Ministério da Fazenda está avaliando se a quantia e os custos burocráticos do empréstimo podem não compensar os recursos destinados pelo FIP ao Brasil. A dúvida da pasta ocorre antes mesmo de ser definida as regras de desembolso e repasse.
A decisão do governo brasileiro tem apoio de ONGs, como, por exemplo, o Instituto Socioambiental (ISA). Na avaliação de Márcio Santilli, o país não deve buscar recursos no Banco Mundial (Bird) e, por outro, cabe a todos a divisão do ônus de proteger as florestas:
Tendo o Brasil reduzido significativamente a taxa de desmatamento na Amazônia nos últimos cinco anos, não faz sentido para o país emprestar dinheiro do Banco Mundial para fins de REDD. Se a comunidade internacional não se dispuser a compartilhar os custos reais da redução do desmatamento e do desenvolvimento de políticas sustentáveis, o que somente a Noruega se dispôs a fazer até agora, é mais do que provável que o desmatamento volte a crescer.
É que, na avaliação de Santilii, independentemente dos recursos para apoiar as atividades do Estado brasileiro no combate ao desmatamento e à degradação florestal, o certo é que, hoje, entre recursos de doação (o Fundo Amazonas) e recursos do Fundo do Clima, o Brasil já dispõe de uma quantia considerável de recursos para estas atividades não obstante os planos de execução, seus focos e prioridades ainda não permitirem avaliar adequadamente a suficiência dos recursos disponíveis e a conveniência do Brasil participar ou não de fundos como o FIP.

O Globo, 09/06/2011

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