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Brasil e Peru defendem usinas na Amazônia

O Eco - www.oeco.com.br
Autor: Vandré Fonseca
17 de Jun de 2010

Para o presidente Lula, críticas a construção de hidrelétricas na Amazônia satisfazem interesses de países desenvolvidos, interessados em vender usinas nucleares a países pobres. "A energia nuclear, apesar de limpa, é cara e a tecnologia é importada dos países do ricos", afirmou Lula. A melhor opção para os países sul-americanos seria então a energia produzida em hidrelétricas, que segundo o presidente brasileiro é limpa e barata.

A afirmação do presidente foi feita nesta quarta-feira em Manaus, durante a assinatura de uma série de acordos de cooperação e integração com o Peru. Um dos acordos permite ao país andino exportar o excedente de energia produzida por lá. O Brasil está interessado na construção de um complexo de usinas, que poderiam fornecer ao país 6 mil MW de energia. Entre as usinas em estudo está a de Inambari, com capacidade para 2mil MW, mas muito criticada pelos impactos ambientais e sociais, além da previsão de que inunde um trecho da recém-construída Rodovia Interoceânica.

A construção da usina foi defendida também pelo presidente peruano Alan Garcia. Segundo ele, a área de floresta inundada (20 mil hectares, segundo o presidente) poderia ser compensada pela recuperação de uma área já degradada. "Temos 10 milhões de hectares de floresta amazônica já devastada, poderíamos recuperar a mata em uma área contígua ou próxima da área alagada", afirmou Garcia. Segundo o presidente, é preciso colocar a questão em proporções exatas entre os perigos e as imensas vantagens do empreendimento.

A extensão do gasoduto de Camisea foi outro empreendimento com participação brasileira defendido por Alan Garcia. Segundo ele, o uso do gás natural vai reduzir o consumo de lenha no sul do país e impedir que se siga destruindo a natureza. Para o presidente peruano, os projetos devem ser analisados de forma integrada e não apenas os impactos localizados dos empreendimentos.

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