Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
Autor: ORLANDO FARIAS
08 de Mar de 2002
O Comando Militar da Amazônia (CMA) destacou uma tropa para vasculhar a região do rio Apaporis, onde índios macus dizem ter sido ameaçados por guerrilheiros colombianos. A tribo viu rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em incursões pelo território brasileiro. Localizado, ameaçaram retaliar com um massacre caso fossem denunciados, conforme relato dos índios macus.
A ação dos militares do CMA é realizada naquela região rotineiramente, mas o envio da tropa assumiu caráter de emergência, como dizem os moradores de Vila Bittencourt, posto militar na fronteira onde se refugiaram os 120 índios. As mesmas fontes levantaram a hipótese de que o grupo de guerrilheiros das Farc teria ingressado em território nacional para monitorar manobras de tropas do Exército.
O chefe da 5ª seção do Comando Militar da amazônia, capitão Márcio Brasileiro, informou, porém, que a situação é de tranqüilidade. Segundo ele, a última ''ocorrência na faixa da fronteira'' data ainda de 26 de fevereiro, quando o Exército abriu fogo contra um barco cujos tripulantes civis desobedeceram a ordem de parar para serem vistoriados. Com o aumento da tensão na fronteira, não passou despercebido pelos moradores de São Gabriel da Cachoeira (AM) o aparecimento ontem de um corpo de um homem desconhecido na cidade, desovado na estrada de acesso à Colômbia.
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