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Brasil amplia proteção de florestas

Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
Autor: Carlos Tautz
29 de Ago de 2002

Presidente anunciará, em encontro na África do Sul, plano para aumentar reservas na Amazônia

O presidente Fernando Henrique Cardoso anunciará na terça-feira em Joanesburgo, na Cúpula Mundial Para o Desenvolvimento Sustentável, o início da implantação do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), uma cooperação do governo brasileiro com o Banco Mundial e o Fundo Mundial para a Vida Selvagem (WWF). O objetivo do programa é aumentar, até 2006, dos atuais 4% para 10%, o total de áreas protegidas na região.
Os três parceiros investirão US$ 78 milhões para, no período de quatro anos, aumentar em 9 milhões de hectares a área de parques nacionais (onde não é permitida qualquer atividade econômica) e em outros 9 milhões a extensão de reservas extrativistas, que precisam de plano de manejo de recursos naturais.
''A segunda fase do Arpa vai durar outros seis anos. Em 10 anos vamos zerar os conflitos existentes nas unidades de conservação da região'', estimou Mary Allegretti, secretária da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente.
No dia 8 de agosto, um decreto presidencial criou o comitê paritário com representantes do governo federal, dos governos estaduais envolvidos e de organizações não governamentais. Essa era uma exigência do Banco Mundial, que também em agosto decidiu investir no Arpa US$ 30 milhões. Metade desse valor será utilizado para criar um fundo fiduciário, cujos rendimentos serão destinados à manutenção das áreas protegidas.
O WWF investirá US$ 15 milhões, o mesmo valor a ser desembolsado pela KFW, agência de cooperação internacional do governo da Alemanha. Ao Brasil caberá a contrapartida de US$ 18 milhões.
O comitê do Arpa vai analisar os pedidos de criação de novas áreas e intermediar a resolução de conflitos em áreas já existentes. ''Não vamos criar áreas em que haja conflitos como os existentes nos Parques Nacionais do Araguaia (Tocantins), Pataxó (Bahia) e da Serra do Moa (Acre), que também são terras indígenas'', afirmou Allegretti. O Arpa levou quatro anos para ser elaborado. É a versão brasileira do compromisso assumido em 1998 pelo WWF com o Banco Mundial, de preservar pelo menos 10% das florestas tropicais mundiais.

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