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BNDES assina contrato de R$ 40 milhões para projeto pioneiro no Acre

BNDES
16 de Abr de 2002

O BNDES e o Governo do Estado do Acre assinaram nesta terça-feira, dia 16, contrato de financiamento no valor de R$ 40 milhões para apoiar um programa pioneiro de Desenvolvimento Sustentável executado pelo Estado do Acre, integrando vários projetos nas áreas urbana, social e florestal.

O programa - que terá um investimento total de R$ 50 milhões - possibilitará o desenvolvimento de experiências e soluções que poderão ser estendidas a outras regiões da Amazônia. Para o Banco, um dos méritos desse programa é o fortalecimento da economia e da cidadania em uma região de fronteira, com grande relevância geo-política.

O contrato foi assinado no Escritório do BNDES em São Paulo pelo presidente e pelos diretores de Desenvolvimento Regional e de Desenvolvimento Social e Urbano do BNDES, respectivamente Eleazar de Carvalho Filho, Darlan Dórea e Beatriz Azeredo; e pelo Governador do Acre, Jorge Viana.

Envolvendo a quase totalidade dos municípios do Acre, o programa prevê, entre outras ações, a recuperação da infra-estrutura portuária, a instalação de Centros de Florestania, o reaparelhamento do Departamento de Estradas, a implantação de aeródromos, revitalização do Sítio Histórico e Ambiental, instalação de postos de informações turísticas e comercialização de artesanato, construção de pousadas ecológicas e apoio a comunidades indígenas.

Os investimentos previstos com a implantação da infra-estrutura portuária totalizam R$ 4,1 milhões. Este projeto contempla a construção de dois galpões, uma balsa e um ancoradouro, além de um prédio para serviços de administração.

Para a instalação dos Centros de Florestania, cujo objetivo é levar um conjunto de serviços à população rural do Estado, de modo a contribuir para sua fixação no meio rural, serão investidos recursos da ordem de R$ 1,5 milhão. Estes investimentos serão usados na implantação de oito Centros de Florestania em áreas de extrativismo com capacidade para atender cada um, em média, 50 a 100 famílias.

O reaparelhamento do DER-Acre inclui a aquisição de equipamentos de terraplenagem e pavimentação, com o objetivo de executar obras de infra-estrutura urbana, tais como pavimentação asfáltica, drenagem, restauração e urbanização de vias. Os investimentos previstos somam R$ 14,6 milhões.

Serão utilizados R$ 2,1 milhões na construção de dois aeródromos de porte médio nos municípios de Feijó e Manoel Urbano. A iniciativa vai proporcionar aos habitantes dos dois municípios a melhoria da qualidade de vida, pois passarão a contar com um meio de transporte ágil, a partir da operação de linhas aéreas comerciais regulares. Será mais uma via para o desenvolvimento, possibilitando inclusive a exploração do turismo ecológico, uma vocação econômica da região.

O projeto de revitalização do Sítio Histórico, que prevê investimentos de R$ 3,9 milhões, consiste na realização de trabalhos de recuperação e redefinição da ocupação da área histórica do centro de Rio Branco. Algumas das principais áreas centrais urbanas de Rio Branco sofreram uma acelerada degradação, especialmente as mais antigas e que compõem o sítio histórico original.

Para o projeto de instalação de postos de informações turísticas e comercialização de artesanatos serão destinados R$ 256 mil. Serão construídos sete postos nos municípios de Rio Branco (duas unidades), Porto Acre, Plácido de Castro, Xapuri, Brasiléia e Cruzeiro do Sul.

O projeto de construção de três pousadas ecológicas - Seringal Bom Destino, Seringal Cachoeira e Aldeia Ashaninka - prevê investimentos da ordem de R$ 1,1 milhão. Além das obras de engenharia, o projeto engloba também a fase de capacitação da comunidade envolvida, oferecendo treinamentos específicos nas áreas de gestão, administração, contabilidade básica, hotelaria, prestação de serviços, associativismo e cooperativismo.

Os investimentos previstos no projeto das comunidades indígenas - R$ 1,9 milhão - serão aplicados na construção de dez açudes, quatro escolas indígenas, quatro áreas de socialização indígena, implantação da sede da Organização dos Povos Indígenas do Rio Envira (em Feijó) e na reforma e ampliação da sede da Associação dos Katukina do Campinas.

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