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Bloqueio de estradas deixa alunos sem aula

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
01 de Jul de 2003

Os bloqueios mantidos desde sábado por índios da reserva de Votouro na RS 287 e em uma estrada vicinal causam problemas e aumentam o clima de tensão em Faxinalzinho, na região do Alto Uruguai. Ontem, ocorreu reunião na prefeitura local para debater a situação. Nesta terça-feira, autoridades voltam a se reunir para tentar ações na Justiça com a finalidade de normalizar o tráfego nos trechos. 'Está tudo parado', afirmou o prefeito Ivori Sartori. Segundo ele, o protesto indígena está impedindo a realização de aulas e o escoamento da safra, os ônibus são obrigados a fazer desvio por Nonoai para chegar ao município e os universitários têm que viajar 50 quilômetros a mais até Erechim.
De acordo com o prefeito, o encontro marcado para hoje deve ter a presença de um procurador da República e de representantes do Ministério Público de São Valentim, do Legislativo e da Comissão Pró-Faxinalzinho, que defende os interesses dos brancos pela posse da terra. Sartori disse que é impossível prosseguir com o trecho da RS 287 entre Faxinalzinho e São Valentim e a estrada de acesso a Erval Grande interrompidos. As estradas foram trancadas pelos índios em represália pela morte de um caingangue na madrugada de sábado, no fim de um baile caipira em Faxinalzinho.

Os índios exigem da Brigada Militar a apresentação do autor do homicídio. A BM fez contato com o grupo da reserva, que chegou a considerar a possibilidade de liberar ontem os trechos ao tráfego de veículos. Pressionados por familiares do indígena morto, os manifestantes decidiram, no entanto, prosseguir com os bloqueios.

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