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Bird prevê US$ 200 milhões/ano para a Amazônia, diz Gabeira

Tribuna de Imprensa-Rio de Janeiro-RJ
09 de Dez de 2003

O deputado federal Fernando Gabeira (sem partido-RJ) disse ontem que teve acesso a um documento interno do Banco Mundial (Bird) comunicando a decisão de investir US$ 200 milhões por ano, entre 2004 e 2007, em projetos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. O relatório, de 30 páginas, prevê repasses tanto para governos quanto para projetos específicos da região, segundo o parlamentar.

A diretoria executiva do Banco Mundial analisou ontem a Estratégia de Assistência ao Brasil, um plano de ação e de investimentos no País até 2007.

Gabeira participou ontem do seminário que lembrou os 15 anos do assassinato do líder seringueiro Chico Mendes, na sede do Sesc, no Rio. Também estava no evento o governador do Acre, Jorge Viana (PT). A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi representada pela filha mais velha, Shalon, de 22 anos.

O deputado e o governador lembraram que Chico Mendes anunciou a própria morte e chegou a fazer uma relação de interessados no seu assassinato. "Sabíamos que Chico estava ameaçado, tentamos evitar sua morte, mas nada foi capaz de impedir", lamentou Gabeira.

Jorge Viana lembrou as eleições de 1986: "Tentamos eleger o Chico deputado, porque virava autoridade e ficava mais difícil de ser morto." O líder seringueiro foi assassinado aos 44 anos, com um tiro de espingarda, no dia 22 de dezembro de 1988, na porta de sua casa, em Xapuri (AC). Em 1999, os fazendeiros Darly e Darci Alves da Silva, pai e filho, foram condenados a 19 anos de prisão, pena que cumprem em regime semi-aberto.

Jorge Viana elogiou a política ambiental do governo Lula e criticou as políticas públicas de administrações anteriores. "O Brasil, desde a morte do Chico, joga para a platéia, com raras exceções, óbvio. Mas foi muito mais para a platéia do que para dentro do próprio Brasil, para atender quem está lá dentro (da floresta). Agora, a gente está experimentando uma fase nova, não tenho dúvida do que quer fazer o presidente, a ministra do Meio Ambiente. Os desafios agora são as dificuldades de fazer", afirmou o governador.

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