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Biodiversidade é coisa de criança, sim!

Instituto Socioambiental https://www.socioambiental.org/pt-br
03 de Jul de 2018

Crianças e adultos brincaram juntos a biodiversidade brasileira no último sábado (30/6), no Mercado de Pinheiros, em São Paulo. Foi um ótimo jeito de começar o fim de semana em família: sentados sobre um tupé (esteira) com trançado Baniwa, curtindo música ao vivo, jogos de cartas, sorteios de livros, viajando para o Xingu por meio do filme em realidade virtual Fogo na Floresta, provando mingau de babaçu com cacau e caldo de cogumelo Yanomami.

Ao todo, cerca de 100 pessoas passaram pelo evento livre e gratuito, chamado "O tamanduá, o cogumelo e outras histórias da floresta". Foi o primeiro da série realizada pelo ISA e o Instituto ATÁ, com apoio da União Europeia, dedicado especialmente ao público infantil.

"Como diz Mário de Andrade, as crianças educam os pais. Vamos plantar a semente com a molecada agora porque isso vai reverter no futuro para uma visão de mundo mais agregadora, justa e cuidadosa com o meio ambiente", disse Beto Ricardo, fundador do ISA.

O pocket show de estreia do Planeta Oca abriu as atividades, com música de primeira. Teve o rap da ariranha, o rock dos biomas, e outras canções que fizeram as crianças bater palmas, dançar e cantar junto para inspirar uma nova relação com a natureza.

O projeto Planeta Oca foi idealizado pela Dois Sóis (Caru Ricardo e Flávia Rubim) em parceria com o biólogo Ciro Campos, autor das canções, algumas delas musicadas pelo cantor e compositor Pélico, que fez uma participação especial no evento e empolgou o público.

"Tem uma letra do Ciro [Campos], musicada pelo Pélico, que diz: vamos proteger a natureza e as pessoas, que o mundo só devolve coisas boas. Nosso compromisso aqui hoje é reforçar a importância dessa troca", disse Caru.

Em seguida, foram lançados dois livros que acabaram de sair do forno pela editora Mil Folhas, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). O primeiro, dedicado às crianças, chama-se "Biodiversidade: tesouro real ou maldição tropical", de Nurit Bensusan.

"É um livro que liga a biodiversidade com nossa vida cotidiana. Por exemplo: você que acha que surfe radical não tem nada a ver com biodiversidade, esse livro é para você. Se você acha que escolher entre sushi de atum ou de salmão não tem nada a ver com biodiversidade, esse livro é para você também", afirmou Nurit.

"Nossa vida cotidiana tem tudo a ver com a natureza, com a biodiversidade. As crianças tem uma empatia enorme com o mundo natural. O desafio é fazer com que não percam a empatia na vida adulta. Essa é certamente nossa melhor aposta no futuro", completou.

O segundo livro é a coletânea de seis autores premiados "Práticas e saberes sobre agrobiodiversidade - a contribuição de povos tradicionais", vencedor do Prêmio Juliana Santilli de Agrobiodiversidade em 2017. A obra traz ensaios e estudos sobre os conhecimentos sobre manejo e cultivo das populações indígenas, quilombolas e tradicionais.

Em meio a tudo isso, um universo de exploração da biodiversidade se abriu com o filme em realidade virtual Fogo na Floresta, os jogos de cartas Bioquê? e a degustação de produtos da floresta, como o caldo feito com cogumelos dos Yanomami, povo indígena que vive em Roraima e Amazonas, e um mingau de farinha de babaçu, produto que vem direto das Reservas Extrativistas da Terra do Meio, no Pará, com chocolate da Cacauway, sediada em Uruará (PA).

Foi uma festa que trouxe a floresta para perto de todos. Perdeu essa? O próximo evento do ISA no Mercado de Pinheiros, em São Paulo, acontece ainda neste ano. Fique ligado nas nossas redes sociais!

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