OESP, Metrópole, p. E6
18 de Out de 2014
Billings ganha 'puxadinho' em balsa no ABC
Com recuo da água, empresa responsável por travessia tem de fazer ajustes em plataforma
Felipe Resk - O Estado de S. Paulo
Desde janeiro, a queda no nível de água na Represa Billings acontece às vistas de todos. Na balsa João Basso, na região do Riacho Grande, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, a rampa usada por passageiros e automóveis para entrar na embarcação foi esticada por cerca de 20 metros para a balsa conseguir atracar.
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), responsável por administrar o transporte, explica que, sem o reposicionamento da rampa, não seria possível acoplar uma plataforma móvel, chamada de pontão flutuante, que nivela o acesso por terra com a balsa. O incremento é fácil de ser percebido, uma vez que foi feito, basicamente, com terra e pedra.
Moradores da região afirmam que o nível de água na Represa Billings caiu cerca de quatro metros desde o início do ano. "Antes, a água batia ali no cimento", diz o auxiliar de produção Jeferson Carvalho, de 18 anos, usuário diário do serviço. Procurada pela reportagem, a Emae não havia informado o volume da represa até as 20h30 de ontem.
Segundo funcionários da empresa, esse tipo de obra teve início há cerca de um mês. "Cada vez que a água desce, a gente desce a rampa mais um pouco", diz um dos operadores da balsa.
Mais rápido. Por causa da diminuição do percurso, o traslado também ficou mais rápido, dizem os usuários. Hoje, cada viagem, de cerca de 800 metros, leva, em média, cinco minutos para ser concluída.
"Mas agora, com essas rampas, a balsa bate várias vezes na plataforma", reclama a empresária Carla Ruiz, de 28 anos, moradora da região.
Quem também lamenta a queda no nível de água é o comerciante Romeu Junior, de 58 anos, dono de uma lanchonete às margens da represa. "Com essa seca, a gente quase não vê mais turistas", diz.
A balsa João Basso opera com cabos de aço e pode levar até 21 automóveis e 240 passageiros. É a maior capacidade entre os três pontos de travessia na Represa Billings, superando as Balsas Bororé e Taquacetuba.
Para técnicos, estiagem não ameaça Rio
Felipe Werneck
Apesar da estiagem prolongada, não há risco de falta d''água na região metropolitana do Rio, afirmou nesta sexta-feira o engenheiro e professor de Recursos Hídricos da Coppe/UFRJ Jerson Kelman, que foi diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) entre 2001 e 2004. A avaliação é corroborada por técnicos da área ambiental do governo do Estado ouvidos pela reportagem, apesar do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ter comentado ontem, em entrevista ao jornal O Globo, o possível risco de problemas no abastecimento.
O presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), Wagner Victer, alegou que Pezão referia-se a regiões abastecidas por mananciais locais como Angra dos Reis e Paraty, no litoral sul, onde a distribuição está reduzida. Segundo Victer, trata-se de um "fenômeno comum" que acontece em períodos de estiagem nesses locais. A avaliação de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) é que não há risco para a região metropolitana.
OESP, 18/10/2014, Metrópole, p. E6
http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,represa-billings-ganha-p…
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,nao-ha-risco-de-falta-dagua-no…
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