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BCDAM: Conhecer a Amazônia vai ficar bem mais fácil

A Crítica-Manaus-AM
Autor: Dione Santana
15 de Abr de 2003

Acessar informações sobre a Amazônia, de qualquer parte do Brasil e do mundo, vai ficar bem mais fácil. Até o final deste semestre, o comitê de Coordenação do Sistema de Bases Compartilhadas de Dados sobre a Amazônia (CCS/BCDAM), vai divulgar um endereço eletrônico. O site vai servir como um mecanismo para receber e transmitir informações sobre a Amazônia, ou seja, um amplo banco de dados.

O desenvolvimento e aperfeiçoamento desse sistema têm sido acompanhados desde ontem, por mais de 60 órgãos governamentais estaduais e federais que participam da nona reunião do BCDAM desde 1997, no auditório da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).O secretário técnico da CCS/BCDAM, Plácido Flaviano Curvo, explica que o principal objetivo é conhecer e trocar idéias em várias áreas, inclusive para se manter atualizado quanto aos equipamentos mais modernos usados para o rastreamento de informações da região. Os principais parceiros desse sistema são as Secretarias de Coordenação da Amazônia (SCA) e do Meio Ambiente (SMA), Centro Regional de Vigilância de Manaus (CRV) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

O secretário da SMA, Virgílio Viana, informa que a execução do trabalho deve ser prática. "A idéia é transmitir rapidamente dados sobre o projeto de várzea, por exemplo, à SMA e vice-versa a cada nova descoberta." Baseado nisso, o Governo do Estado já projeta seu interesse em transformar o BCDAM num instrumento de programa da Zona Franca Verde, criando as bases científicas sobre a região. Viana lembra que muitas informações serão transmitidas pelo Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), antigo Sivam, por meio de satélites.

O diretor executivo do Sipam, Edgar Fagundes, acrescenta que a proposta do BCDAM é, inicialmente, discutir onde estão as informações e, depois, tentar integrá-las. "Hoje, o Sipam já possui dados sobre a região." Entre as últimas novidades, ele destaca a nova base digital cartográfica da Amazônia, que em breve estará disponível na Internet, expondo o mapeamento local. Da mesma forma, o Sipam também possui uma base temática digital, com informações do solo. "Esta base existe desde o início do Sivam."

Sistema de alarme

Mais novidades ficam por conta de um sistema de alerta para incêndios e enchentes, avisa Edgar, explicando que se trata de um monitoramento do nível dos rios. "Hoje, o que existe é um processo que define o tamanho do estrago causado por um incêndio, mas nossa preocupação é a de criar um alarme que avise o início do foco."

A Amazônia tem em torno de 4 milhões de quilômetros quadrados de floresta, sendo que 600 mil quilômetros quadrados estão desmatados. "Esse número tem se mantido estável com uma variável em torno de meio por cento ao ano." Ele acredita que com o alarme, o Sipam possa dar subsídios para o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) ou outros órgãos no combate aos incêndios.

Para se falar em preservação ambiental, é preciso citar o Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil, mais conhecido como PPG7. Representando este programa, SCA e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) Mauro Rufino, comenta que o PPG7 está entrando em sua segunda fase de discussão. De acordo com ele, a primeira etapa do trabalho teve algumas características marcantes para o seu avanço. "Conseguimos formar um capital social, com recursos vindos de parcerias." Rufino relata que também foram identificados pontos chaves para serem trabalhados na Amazônia. "Dentro dessa proposta, o PPG7 elaborou 16 programas específicos, como o pró-várzea, desmatamento e manejo florestal."

A segunda fase, segundo conta, é trabalhar em linhas temáticas. "Estamos verificando em que pontos a primeira etapa foi estrangulada para podermos complementar."

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