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Base São Francisco da Operação Guardiões da Amazônia aplica mais de 11 milhões em multas contra desmatamento ilegal no centro-oeste de RO

IBAMA - www.ibama.gov.br
Autor: Kezia Macedo
06 de Ago de 2008

Em apenas 24 dias de atuação, a Base Operativa do Ibama montada no município de São Francisco do Guaporé, centro-oeste do estado de Rondônia, a 650 km da capital Porto Velho, aplicou 81 Autos de Infração que somados contabilizam mais de R$ 11 milhões em multas. Nesse período, os agentes ambientais federais vistoriaram 30 madeireiras e autuaram 22 delas por ter em estoque madeira sem origem legal e por vender produto florestal sem autorização. Sete empresas foram lacradas por que operavam clandestinamente.

Durante a operação, os agentes do Ibama cumpriram em madeireiras fechadas dois mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual. Segundo o coordenador da operação e chefe da fiscalização da Gerência de Ji-Paraná, Renê de Oliveira, "com a chegada da fiscalização, várias empresas deram férias coletivas para os empregados e fecharam as portas para não serem auditadas".

Foram apreendidos mais de 2600 m3 de madeiras em toras e serradas, suficientes para carregar 300 caminhões. São espécies valorizadas na construção civil e na indústria moveleira, como cambará, oiticica, mirindiba, garapa, cerejeira e angelim. O valor da madeira apreendida foi calculado em R$ 800 mil. Parte desse montante foi retido por transporte ilegal de produto florestal na rodovia federal BR 429, que liga os municípios de Alvorada do Oeste até Costa Marques.

Conforme Oliveira, "o Ibama investiga se a madeira ilegal veio de áreas protegidas". A região fiscalizada fica localizada no entorno de várias Unidades de Conservação Federais e Estaduais como a Reserva Biológica do Rio Guaporé, as Reservas Extrativistas do Rio Cautário, o Parque Nacional Pacaás Novos, Parque Estadual Serra dos Reis e Terras Indígenas como as T.I.s Massaco, Rio Branco, Uru-Eu-Wau-Wau.

No campo, foram embargados 8531 hectares de áreas desmatadas. Os locais dos desmatamentos, na maioria feitos a corte raso, foram detectados por imagens do Sistema de Detecção em tempo real (Deter) enviadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Sobrevôos de monitoramento por meio do helicóptero do Ibama constataram as derrubadas ilegais. A aeronave do Instituto flagrou muita madeira escondida dentro da mata. Oliveira revela que também foi descoberta madeira camuflada em montes de pó de serraria. Ele considera a operação um sucesso.

De acordo com o o Gerente Executivo do Ibama em Ji-Paraná, Alberto Chaves Paraguassu, o mérito pelos excelentes resultados obtidos na operação se deve ao trabalho conjunto com as instituições parceiras. "O Ibama agradece o empenho e o apoio dos comandantes do 6o Batalhão de Infantaria de Selva (6o BIS), tenente-coronel Paulo Eduardo Ribeiro Monteiro, e da Polícia Militar Ambiental do estado, Josenildo Jacinto Nascimento, além do delegado da Polícia Federal de Ji-Paraná, Marcelo Bessa e suas equipes", reconhece Paraguassu.

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