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Base para o despertar de sua etnia

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
22 de Abr de 2003

Assim como o lendário Haipukú, Julá Paré hoje é a base de um novo despertar de seu povo. No posto indígena, que reúne 355 índios de oito etnias distintas, crianças e adolescentes vêm descobrindo, por meio de suas memórias e também de antigos materiais de pesquisa, o que é ser umutina.

Pelo menos oito danças e cânticos ancestrais já foram reconstruídos, comemora o índio Valdomiro Calomezoré, coordenador do "Grupo Teatral Nação Nativo Umutina". O grupo, que já fez várias apresentações pelo Estado, tem o velho umutina como principal consultor.

"Estamos junto com Julá em todos os momentos, pois ele é quem guarda a cultura umutina. Ele acompanha os ensaios, sugere modificações e corrige quando alguém está fazendo errado. Todos os cânticos são feitos na língua", relata.

A ajuda na retomada desta tradição veio também do exterior. Segundo Calomezoré, um vídeo descoberto na Holanda, contendo parte de gravações feitas à época do contato, permitiu reconstituir boa parte de algumas coreografias.

O grupo espera receber da Secretaria Estadual de Cultura o sinal verde para um projeto que prevê livro, CD e ainda espetáculos de teatro e dança que contem a história da etnia. (RV)

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