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Bancada está dividida nas questões reformas e homologação de reservas

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
26 de Jun de 2003

A posição de votar contra as reformas tributária e da Previdência, caso a área Raposa/Serra do Sol seja demarcada de forma contínua, anunciada pelo deputado Luciano Castro (PL), dividiu a bancada roraimense no Congresso Nacional. Reunidos ontem à tarde no gabinete do senador Augusto Botelho (PDT), os deputados e senadores de Roraima discutiram a posição que devem tomar com relação às votações dos projetos de reforma.

Há consenso apenas sobre a proposta do Estado em reduzir em 20% a extensão da área a ser homologada, abrindo imediato entendimento com o ministro-chefe da casa Civil José Dirceu. Ontem mesmo, Luciano Castro apresentou requerimento pedindo audiência apenas da bancada com o ministro. Mas, é possível que o grupo não esteja completo. O deputado Rodolfo Pereira (PDT), disse que não iria à reunião alegando que "o que tinha que ser feito, já foi dito pelos índios de Roraima ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Não tenho mais o que falar".

Rodolfo comentou que não cabe a ele votar contra propostas que sejam do interesse do povo brasileiro, porque um pleito de Roraima não foi atendido. "Não trabalho sob pressão. Posso não concordar com o que se pretende fazer com o meu Estado, mas não posso prejudicar outras classes como o funcionalismo público, simplesmente por discordar do governo", afirmou.

Outra parlamentar que comunga do mesmo posicionamento que Rodolfo é a deputada Suely Campos (PP). Em entrevista ao programa A Voz do Povo, da rádio Tropical, disse que vê com preocupação o estado encolher com as homologações de terras indígenas, porém, "temos que saber separar o joio do trigo. Não podemos decidir de forma radical votando contra as reformas que o governo propõe, simplesmente como troco contra as homologações".

Por outro lado, o deputado Almir Sá (PL), recém empossado, disse que acompanhará a decisão da bancada, seja qual for. "Tenho disposição de acompanhar o governo nas suas votações, mas não concordo com essa indústria das demarcações que o governo federal tem permitido em Roraima".

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