O Globo, O País, p. 10-11
09 de Nov de 2007
Bahia decreta estado de emergência em 20 municípios da Chapada Diamantina
Região sofre com incêndios há mais de um mês; decreto facilita liberação de verba
O governo baiano decretou ontem estado de emergência em 20 municípios da Chapada Diamantina, Centro do estado, que sofre com incêndios há mais de um mês. A medida facilita o envio de cestas básicas, carros-pipa, roupas e cobertores à população, e agiliza também a obtenção de recursos federais para a área.
O Corpo de Bombeiros precisa de equipamentos para combater o fogo, principalmente em Rio de Contas, onde há pelo menos 30 focos de incêndio. Hoje, um reforço de 20 homens se juntará aos 32 que já trabalham na região há 40 dias. O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Miguel Filho, informou que pediu ao governo do estado dois helicópteros com capacidade de seis mil litros de água e um avião para os bombeiros se deslocarem. Hoje, só há um helicóptero com capacidade para 500 litros, também usado para localizar os focos e transportar os homens.
O decreto inclui os municípios de Abaíra, Andaraí, Barra da Estiva, Boninal, Bonito, Dom Basílio, Érico Cardoso, Ibicoara, Iraquara, Jussiape, Lençóis, Livramento de Nossa Senhora, Mucugê, Palmeiras, Piatã, Rio de Contas, Rio do Pires, Seabra, Utinga e Wagner. Em Lençóis, o fogo atinge áreas turísticas como as regiões do Morro de Pai Inácio e do Morro do Camelo.
O Ibama multou em cerca de R$ 70 mil a proprietária rural Cremilda de Oliveira Neiva, que provocou um incêndio no povoado de Olhos d'Água do Antônio Francisco, no município de Seabra. O fogo queimou 70 hectares de vegetação nativa da caatinga, inclusive em área de preservação permanente.
O presidente da União dos Municípios da Chapada Diamantina e prefeito de Nova Redenção, Ivan Soares (PT), avalia que a região passa pela pior seca em 20 anos:
- Estamos vivendo num inferno. A última chuva, em alguns municípios, foi em abril.
O Globo, 09/11/2007, O País, p. 10-11
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.