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28 de Abr de 2010
O monomotor BN2A-9 da Fundação Nacional do Índio (Funai) que fez um pouso forçado na terra indígena Raposa Serra do Sol vinha da comunidade Maturuca, onde ocorria uma festa em comemoração ao Dia do Índio.
A aeronave, modelo Islander, fabricação britânica e de matrícula PT- FBU, tem mais de 40 anos de uso. O incidente aéreo ocorreu no último dia 17, mas as autoridades aéreas só foram informadas seis dias depois. No monomotor havia dois tripulantes e quatro passageiros. Ninguém ficou ferido.
O local do pouso, identificado como comunidade indígena Lago Grande, fica a 80 quilômetros de Boa Vista. Lá, profissionais do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), da Força Aérea Brasileira (FAB), sediado em Manaus (AM), acompanhados por técnicos da Base Aérea de Boa Vista, colheram dados que vão subsidiar o relatório de ação inicial. São informações sobre combustível, distância percorrida pela aeronave e fotografias do local, que foram encaminhadas a um laboratório para análise.
Baseado nesse documento será feita a investigação propriamente dita, que resultará em um relatório final. O prazo de investigação é de três meses, mas pode ser prorrogado por 30 dias.
Leitor da Folha observou que o incidente, que por pouco não virou tragédia, está relacionado à falta de manutenção dos aviões pertencentes à Funai. "É um risco total voar nestas aeronaves antigas", criticou.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave está suspensa até passar por uma inspeção técnica, bem como o piloto só será liberado para pilotar depois que passar por avaliação médica.
A reportagem procurou a Funai, mas foi informada pela assessoria de comunicação que o administrador da autarquia está viajando para fora do Estado e que apenas ele pode se manifestar sobre o assunto. (A.T.)
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