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24 de Abr de 2010
Um monomotor BN2A-9 de prefixo PT FBU, pertencente à Fundação Nacional do Índio (Funai), fez um pouso forçado na comunidade indígena São Marcos, zona rural de Boa Vista, sábado passado, 17.
O caso é investigado pelo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), da Força Aérea Brasileira (FAB), sediado em Manaus (AM), e acompanhado por técnicos da Base Aérea de Boa Vista. Até conclusão dos trabalhos, o monomotor está impedido de levantar voo.
Segundo levantamento da reportagem, o pouso teria ocorrido entre as comunidades Lago Grande e maloca do Milho, no baixo São Marcos, a 80 quilômetros de Boa Vista. Não há registro de feridos.
De acordo com o comandante da Base Aérea, coronel-aviador Waldir Almeida, informações preliminares apontam que motor da aeronave teria apagado durante o voo, o que teria provocado o incidente aéreo. Técnicos do Seripa e da Base passaram o dia na região colhendo informações para a investigação. Não há data de quando o relatório da investigação será concluído.
José Peixoto Gomes, inspetor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), disse à reportagem que a aeronave ficará suspensa até passar por uma inspeção técnica, bem como o piloto só será liberado para pilotar depois que passar por avaliação médica.
Leitor que pediu anonimato denunciou à Folha que, além desta aeronave, outra, de prefixo PT WTT, arrendada à Funai, igualmente fez pouso forçado no Pará, depois de partir de Boa Vista. O avião teria ficado parcialmente destruído, mas não houve feridos.
Conforme o leitor, os incidentes estariam relacionados à falta de manutenção dos aviões. "É um risco total voar nestas aeronaves antigas", criticou.
A reportagem procurou a Funai, mas até o fechamento desta edição, às 18h, a instituição não havia se pronunciado sobre o assunto.
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