Aulas indígenas podem começar fora do prazo

Lideranças indígenas reclamam do atraso no ano letivo nas escolas públicas que funcionam em aldeias. A previsão para o início das aulas é dia 5 de maio. Entretanto, de acordo com Arão Guajajara, da Coordenação e Articulação dos Povos Indígenas (Capi), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não dá garantias de que haverá professores suficientes para ministrar aulas para as 12 mil crianças em idade escolar nas terras indígenas do Maranhão.

Além de integrante da Coordenação dos Povos Indígenas, Arão Guajajara, ou José Arão Lopes (PTN), também é vereador no município de Grajaú, como representante do povoado Bacurizinho.

De acordo com a Assessoria de Comunicação da Seduc, é provável que atrase alguns dias além do previsto (5 de maio) o início do ano letivo nas aldeias indígenas. Embora não divulgue uma data precisa, informa que o atraso se deve a uma pane elétrica no prédio da secretaria, no bairro Monte Castelo, desde o dia 16, depois de um forte temporal que danificou todo o sistema de computadores.

Segundo a Seduc, não fosse a referida pane, o resultado do seletivo já teria sido divulgado. Entretanto, a Supervisão de Educação Indígena informou que enviará equipes técnicas, a partir da próxima segunda-feira (28) para as aldeias indígenas, a fim de agilizar o processo de contratação de professores.

De acordo com o Governo do Estado, serão contratados 632 professores para escolas indígenas, para turmas de 1ª a 8ª séries do ensino fundamental (489 vagas), e também do ensino médio (143 vagas). Foram abertas, também, mais 80 vagas para cargos de zelador e merendeira. O edital de contratação de professores para a Seduc foi divulgado em 22 de fevereiro último.