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Aty Guasu: Informes da visita e das reuniões com Maria Rita Kehl, da Comissão da Verdade, de 8 a 10/11*

Combate Racismo Ambiental - http://racismoambiental.net.br
11 de Nov de 2013

Entre os dias 08 e 10 de novembro de 2013, Dra. Maria Rita Kehl, da Comissão Nacional da Verdade, ouviu e registrou diversos relatos dos indígenas Guarani e Kaiowá.

Os indígenas idosos(as) narram para a Comissão Nacional da Verdade as formas das expulsões de indígenas Guarani e Kaiowá de suas terras tradicionais, relatam as violências praticadas pelos fazendeiros e políticos contra os indígenas Guarani e Kaiowá. Essas expulsões, despejo dos indígenas, violências contra os indígenas perduram a até os dias de hoje, há mais de 50 anos. Os mandantes e autores dos crimes não são punidos até hoje, por isso fazendeiros e políticos continuam massacrando e matando os Guarani e Kaiowá.

Uma da áreas em litígio visitada pela Dra. M. Rita Khel, hoje 10/11, um dia depois da visita, foi ameaçada de morte coletiva pelos homens das fazendas e usina de álcool. O ataque à comunidade Guarani e Kaiowá do acampamento Apyka'i-Dourados evidencia que as violências contra os indígenas permanecem, desde 1950, 1960, 1970, 80, 90 até 2013. Pedimos a investigação e punição aos mandantes e autores do crime.

No dia 08/11/2013, a comunidade Guarani e Kaiowá do tekoha YVY KATU-JAPORÃ-MS [e Terena] receberam a Dra Maria Rita Kehl, da Comissão Nacional da Verdade. Os povos Guarani, Kaiowá e Terena relataram à Comissão Nacional da Verdade, que os povos indígenas do MS sofrem violências do Estado, Justiça brasileira e dos fazendeiros/políticos.

"No MS, nós povos nativos originários dessa terra estamos resistindo para sobreviver", afirmam os líderes do povos Guarani, Kaiowá e Terena. Indígenas pediram à Dra Rita Khel para entregar à presidenta DILMA que os povos indígenas estão resistindo a violências promovidas pelo Estado, Justiça e pelos fazendeiros: "Estamos e iremos resistir às violências da justiça".

As lideranças indígenas falaram para a Comissão da Verdade: "em nossas próprias terras tradicionais, há várias décadas, sofremos massacre, genocídio, violências tanto pelo governo da ditadura militar como pelo governo democrático, até hoje, para nós indígenas não muda nada".

"As violências são estimuladas pelo próprio governo e pela justiça. O poder do Estado brasileiro é racista e discrimina os povos indígenas, como o delegado federal Alcídio de Souza Araújo". "Os mandantes e autores dos crimes e violências contra os indígenas têm ser punidos e investigados" pediram a comunidade Guarani, Kaiowá, Terena.

RESISTÊNCIA DOS POVOS INDÍGENAS DO MS, GUARANI, KAIOWÁ E TERENA

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