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Ato lembra o fazendeiro morto em protesto de índio

Diário Catarinense-Florianópolis-SC
Autor: DARCI DEBONA
16 de Fev de 2005

Entre eles estarão os presidentes das federações da agricultura dos estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além dos presidentes das comissões de Assuntos Indígenas e Assuntos Fundiários da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, disse que um dos objetivos é homenagear Stefani e denunciar a impunidade. Barbieri afirmou que, um ano após a morte, ninguém foi preso. Outro objetivo é pedir revisão na lei que prevê a criação de áreas indígenas. Barbieri disse que agricultores podem perder suas terras apenas por considerações de antropólogos.

Durante o ato será redigido um documento pedindo a suspensão de criações e ampliações de áreas indígenas no Oeste.

Stefani morreu numa manifestação dos kaingang para publicação de portaria declaratória sobre 1,9 mil hectares reivindicados pela Aldeia Toldo Embu. Atualmente, Toldo tem nove hectares. Stefani soube da mobilização e, ao verificá-la, encontrou uma barreira indígena no Bairro São João Maria. Ele levou um tiro na cabeça.

Após inquérito da Polícia Federal, o procurador da República de Chapecó, Harold Hoppe, denunciou 10 pessoas, sendo oito indígenas e dois moradores próximos à aldeia. Cinco foram denunciadas pela morte de Stefani e outros por manter seis pessoas sob cárcere privado, após o homicídio, e por manter armas e munições. O juiz federal João Marcelo Oliveira Rocha recebeu a denúncia e marcou para o interrogatório dos acusados para março.

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