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Atech desenvolve a inteligência tecnológica do Projeto Sivam

PRINTER PRESS ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
24 de Jul de 2002

No dia 25 de julho será lançada oficialmente a primeira etapa do Sistema de Vigilância da Amazônia, o Sivam. A Atech Tecnologias Críticas, organização 100% brasileira, é a integradora brasileira do projeto. "O Sivam é um inovador sistema estratégico de conhecimento, que faz uso de infra-estrutura técnica voltada para aplicações civis e militares, único no mundo com essas características", afirma Tarcísio Takashi Muta, superintendente executivo da Atech. Orçado em US$ 1,4 bilhão, o Sivam terá a competência de coletar, tratar e disponibilizar dados, informações e conhecimento para todas as entidades governamentais que têm responsabilidades na Amazônia Legal Brasileira. Com ele, será possível estabelecer políticas e programas mais qualificados para o desenvolvimento sustentável e a atuação organizada, integrada e mais eficaz do governo na região.

A Atech está presente no projeto Sivam desde o seu início - julho de 1997. Participou da concepção do projeto, do levantamento em campo para a definição dos locais de instalação dos equipamentos, dos projetos de engenharia da infra-estrutura de obras civis e de telecomunicações, do desenvolvimento dos sistemas e softwares estratégicos da inteligência do sistema, da logística para distribuição dos equipamentos pelo território amazônico e dos treinamentos das equipes do governo.

Também está fornecendo os radares meteorológicos, promovendo a nacionalização de componentes estratégicos e o domínio brasileiro sobre os softwares meteorológicos.

A Atech também participou do desenvolvimento dos sistemas nos Estados Unidos e executou um programa de absorção de tecnologias junto aos principais fornecedores, através da Amazon Technologies Company, empresa privada norte-americana de sua propriedade.

"Desta forma, a estratégia adotada pelo governo em relação à integradora brasileira levou ao completo domínio da tecnologia da inteligência do sistema, o que permitirá que a sua evolução tecnológica ocorra de forma autônoma, com utilização de competência brasileira" comenta Takashi.

Como gerenciar

Uma área com mais de 5,2 milhões de km², o que representa 60% do território nacional, englobando nove estados do País. Possui cerca de 30% da biodiversidade da terra e a maior bacia de água doce do planeta. Para melhor gerenciar toda essa região e prevenir ações como queimadas indiscriminadas e desmatamentos, além do tráfico de entorpecentes, o governo dividiu a Amazônia em três grandes áreas dentro do projeto Sivam: Manaus, Porto Velho e Belém.

Em cada uma dessas localidades foi instalado um Centro Regional de Vigilância (CRV). Em Manaus haverá ainda o Centro de Vigilância Aérea (CVA), que será responsável pelo controle e vigilância do espaço aéreo na região amazônica, utilizando as informações recebidas dos diversos sensores (radares fixos, transportáveis e aeroembarcados) distribuídos na região.

Os centros de Manaus serão inaugurados no próximo dia 25 de julho e marcam o início oficial da operação do projeto. Já o de Porto Velho deverá ser inaugurado até o final de ano e o de Belém está previsto para entrar em operação em 2003.

A inteligência do Sivam

Quatro estações terrenas de recepção de dados de satélites meteorológicos, três estações de monitoração de comunicações, 14 detectores de raios, 10 radares meteorológicos, 13 estações meteorológicas de altitude, 70 estações meteorológicas de superfície, 200 plataformas de coleta de dados ambientais e fluviométricos, seis radares transportáveis, 19 radares fixos, 300 equipamentos portáteis de comunicações e rádio-determinação, estação terrena de recepção de dados de satélites de sensoriamento, três aeronaves de sensoriamento remoto, cinco aeronaves de vigilância, além de 914 conjuntos de comunicação para usuários remotos. Estes são alguns dos números que envolvem o Sivam.

Para a integração dos dados coletados continuadamente por essa imensa rede de equipamentos e sensores multi-aplicações, o grande desafio foi a integração desses dados e informações para a criação de conhecimentos temáticos sobre a região, aplicando avançadas soluções e ferramentas da tecnologia do conhecimento. Desenvolver essas soluções foi o grande desafio da Atech.

"Acreditamos que, especialmente no Brasil, qualificados sistemas de informação e conhecimento são a base indispensável e fundamental para um processo de desenvolvimento sustentável, O SIVAM é um exemplo deste novo conceito aplicado em sua plenitude. Uma quebra de paradigma na administração pública, que passa a contar com soluções de base tecnológica para sua atuação, com resultados seguramente melhores, mais eficazes, e com economicidade fundamental para um país em desenvolvimento e com recursos financeiros escassos. Uma verdadeira revolução, cujos conceitos podem ser replicados para a maioria das organizações de governo, em todos os níveis da esfera governamental", conclui Takashi.

Dados disponibilizados

O Sivam fornecerá informações e conhecimento aos órgãos governamentais nas seguintes áreas:

Vigilância " monitoração de comunicações clandestinas
" identificação de pistas de pouso clandestinos
" detecção de extração irregular de recursos naturais
" combate às rotas de narcotráfico
" vigilância de fronteiras e áreas indígenas
Meio ambiente " mapeamento de bacias
" cobertura vegetal
" fauna e flora
" poluição hídrica
" unidades de conservação
" queimadas e desflorestamentos
Saúde " identificação de focos edêmicos
" análise de tendências de propagação de epidemias
" integração do planejamento e controle de operações
" telecomunicações
Uso da terra " apoio ao planejamento territorial, agrícola e de infra-estrutura
" energia e transportes
" apoio à produção e à pesquisa dos recursos naturais
Meteorologia " previsões e alertas meteorológicos
" dados históricos da climatologia
" concessionárias / detecção de raios
" apoio à navegação aérea e fluvial
" apoio às operações em campo

Internet

Os dados do Sivam poderão ser acessados por qualquer pessoa, do presidente da República ao cidadão comum interessado em obter informações sobre a Amazônia. Por meio da internet, e de acordo com os códigos classificatórios de acesso, a sociedade obterá informações consideradas não confidenciais do projeto.

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